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Lugares Únicos no Mundo – Parque Provincial Ischigualasto– Argentina

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O Parque Provincial Ischigualasto foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 2000. Só este fato não bastaria para o destino figurar no rol de Lugares Únicos no Mundo. Precisaria de algo mais, algo inusitado, especial, único. E ele tem. Há 250 milhões de anos era a morada das mais variadas espécies de dinossauros, mais exatamente no período Triássico. Podemos então chamá-lo de Jurassic Park da América do Sul ou para os cientistas um paraíso geológico. Na região já foram e ainda são encontrados fósseis de dinossauros e também petroglifos (desenhos na pedra) da mesma época. Mas isso não é tudo. A ação dos ventos esculpe as rochas do lugar fazendo aparecer formas bizarras que surpreendem os mais experientes viajantes. Como as rochas das camadas inferiores são menos duras, elas também são as mais desgastadas e assim surgem formações gigantescas na parte superior que se equilibram tenuamente em delgados pedaços de rocha que parecem que vão se romper a qualquer momento, mas continuam resistindo por milhões de anos. Confira você mesmo.

Obra de arte da natureza

Obra de arte da natureza

Localização

O Parque Provincial Ischigualasto mais conhecido como Valle de la Luna fica no noroeste Argentino. Rumo ao norte a mais de mil quilômetros está a divisa com a Bolívia após passar pelas províncias de Catamarca, Tucumán, Salta e Jujuy. A oeste, não tão longe, pouco mais de trezentos quilômetros em estrada de terra está a fronteira com o Chile. Ao sul está a famosa região vinícola de Mendoza (pouco mais de cinco horas de carro) e a leste a capital Buenos Aires a cerca de mil e cem quilômetros.

Como chegar ao Parque Provincial Ischigualasto?

O turismo no local ainda engatinha e por isso mesmo estrangeiros são raros. Os mais assíduos são franceses e alemães. Brasileiros são bem vindos, mas ainda uma raridade. Espero que depois deste post os brazucas deem as caras. Os aeroportos da região ficam bem distantes, assim as melhores opções são a mescla de avião e carro ou ônibus. A cidade base para visitar o parque é San Agustín de Valle Fértil (ou apenas Valle Fértil no GPS) distante cerca de sessenta quilômetros da entrada do Valle de la Luna. Baldes del Rosário e Baldecitos são ainda mais perto do parque (pouco mais de vinte quilômetros), mas com pouca estrutura (hotéis, restaurantes e agências de turismo) para abrigar turistas. Veja todas alternativas abaixo.

De ônibus

A única rota fixa para San Agustín de Valle Fértil parte de San Juan (capital da província de mesmo nome) três vezes ao dia. Abaixo estão os horários de partida e chegada da rota San Juan – San Agustín de Valle Fértil – San Juan. Empresa que opera a rota é a Vallecito.

Horários de ônibus da rota San Juan - San Agustín de Valle Fértil - San Juan

Horários de ônibus da rota San Juan – San Agustín de Valle Fértil – San Juan

De avião

Os aeroportos mais próximos de San Agustín de Valle Fértil são os de San Juan ou de La Rioja. De La Rioja são duzentos e dezenove quilômetros percorridos em duas horas e meia de carro. Do aeroporto de San Juan a distância é um pouco maior, duzentos e quarenta quilômetros em quase três horas de carro. Lembre-se que só existem ônibus regulares saindo de San Juan, assim se não for alugar um carro esta é a melhor opção de aeroporto. Ambos aeroportos são pequenos e recebem voos apenas de Buenos Aires conforme tabela abaixo.

Voos para La Rioja

Voos para La Rioja

Voos para San Juan

Voos para San Juan

Para nós brasileiros e mais exatamente os paulistas existem um voo da Gol direto de São Paulo para Córdoba (foi este voo que nos levou até lá). Do aeroporto de Córdoba até San Agustín de Valle Fértil são seis horas de carro percorrendo quinhentos e trinta e cinco quilômetros. Tudo para evitar ter que pegar dois voos.

De carro

Devido a baixa oferta de transporte público na região recomendamos altamente o aluguel de um carro para visitar o Parque. O próprio tour no interior do Valle de la Luna só pode ser feito com carro. Forma-se uma caravana de automóveis e o guia credenciado do parque vai no primeiro carro da fila parando em todos os pontos do circuito e explicando sobre as formações rochosas.

Caravana de carros entrando no parque

Caravana de carros entrando no parque

Empresas de aluguel de carro em La Rioja:

Travel Rent a Car, Rental car Group, Logi Travel

Empresas de aluguel de carro em San Juan:

Trebol, Auto San Juan, Avis, Alamo

Empresas de aluguel de carro em Córdoba:

Alquiller Auto Córdoba foi nossa escolha. Era a opção mais barata, mas eles esqueceram de trazer um cadeirinha para crianças solicitada previamente. Como não tem escritório no aeroporto esperamos mais de duas horas para conseguirem a tal cadeirinha.

De excursão

Como o turismo ainda é incipiente na região, não existem muitas agências que façam os traslados de San Agustín de Valle Fértil até a entrada do parque. Caso não tenha carro alugado o melhor mesmo é consultar seu hotel ou hostel para verificar se eles podem providenciar o transporte. O Hostel Valle de la Luna e o Hostel Ischigualasto tem serviço de tours e transporte para as atrações da região.

Onde ficar

Como já comentamos as cidades mais próximas da entrada do parque são Baldes del Rosário e Baldecitos, mas estas não dispõe de ampla estrutura para turismo. Possuem apenas um ou outro hotel ou quarto para alugar. Usamos como cidade base para visitar o parque a cidade de San Agustín de Valle Fértil. Neste munícipio nossa escolha foi a Cabañas Valle Pintado. O quarto para três pessoas (uma cama de casal e uma de solteiro) custou 680 pesos argentinos, pouco mais de cinquenta dólares. Por este mesmo preço, Margarita (proprietária) ainda colocou um berço de viagem para o Noah (nosso filho de dez meses). O café da manhã é preparado por você mesmo (chá, café e leite em pó, geleia, manteiga e bolachas). O quarto tem banheiro privativo, ar condicionado, ventilador de teto, frigobar e TV de LED. Estacionamento e wifi gratuitos. As cabanas para seis pessoas saem por pouco menos de 1200 pesos e ainda tem cozinha e churrasqueira. Margarita ainda trocou nossos dólares por pesos argentinos num câmbio bem próximos ao negro (ou blue como chamam os argentinos).

Vista do quarto para três pessoas

Vista do quarto para três pessoas

Piscina para se refrescar do calor do deserto

Piscina para se refrescar do calor do deserto

Cozinha da cabana para seis pessoas

Cozinha da cabana para seis pessoas

Na frente do hotel funciona um restaurante do mesmo proprietário.

Quando ir

A região é desértica e por isso mesmo as chuvas são escassas e concentradas no verão, entre dezembro e fevereiro. Num ano inteiro a média pluviométrica é de apenas 250 milímetros. Mesmo assim estas podem atrapalhar e muito sua viagem. As estradas da região não têm pontes já que os rios passam a maior parte do ano secos. Assim quando as chuvas de verão chegam, as águas dos leitos dos rios passam pelas estradas e arrastam muita lama o que provoca atolamentos e interdição das rotas. Nós ficamos atolados uma vez na estrada de acesso ao Parque. Durante os períodos de chuvas algumas das atrações do Parque também podem estar fechadas devido à dificuldade de acesso.

Escolha a melhor época para visitar o parque

Escolha a melhor época para visitar o parque

Recomendamos a visita nos meses de maio ou setembro quando as chuvas são ainda mais escassas e você não precisará enfrentar o frio do inverno. Em julho pode até cair neve. Nestes meses você também fugirá dos altos preços da alta temporada de inverno.

O que comer

A culinária argentina é conhecida de nós brasileiros pela sua parillha, mas ela vai muito além disso. A influência da gastronomia italiana é evidente e por qualquer lugar que você vá no país as milanesas estão sempre presentes, de norte a sul e de leste a oeste e em San Agustín de Valle Fértil não poderia ser diferente. No Restaurante Triásico você pode comer uma milanesa com batatas fritas por um preço bem acessível saboreando uma cerveja Quilmes. Mas a grande atração do restaurante não é a comida. Crianças e adultos preparem-se para entrar no mundo perdido de Jurassic Park. Os dinossauros que habitaram a região a milhões de anos atrás estão mais do que vivos neste restaurante. Prato cheio também para os olhos principalmente das crianças que vão ficar maravilhadas.

Incrível fachada do restaurante Triasico

Incrível fachada do restaurante Triasico

Amélie se divertindo com seu amigo dinossauro

Amélie se divertindo com seu amigo dinossauro

Amélie ficou minúscula perto do dinossauro

Amélie ficou minúscula perto do dinossauro

Dinossauros por todos os lados

Dinossauros por todos os lados

Atrações do Parque Provincial Ischigualasto

Circuito Diurno Tradicional

O circuito diurno tradicional é feito com uma caravana de carros que se forma na entrada do parque. Tivemos sorte e logo que chegamos já havia uma caravana de partida na qual nos juntamos após comprar os ingressos. O preço é de 160 pesos por pessoa (estrangeiros), crianças menores de seis anos não pagam. Confira todos os preços aqui: Tarifas Parque Provincial Ischigualasto. O percurso dura cerca de três horas e passa por cinco estações: El Gusano, Valle Pintado, Cancha de Bochas e La Esfinge, El Submarino (não vimos, pois a estrada estava inundada devido às chuvas), El Hongo e Barrancas Coloradas. É o circuito mais tradicional do parque.

El Gusano (o verme)

El Gusano (o verme)

Esculpidas pelo vento

Esculpidas pelo vento

Vista panorâmica do Valle Pintado

Vista panorâmica do Valle Pintado

Face mais colorida do Valle Pintado

Face mais colorida do Valle Pintado

Mescla de cores avermelhadas e tons pastéis

Mescla de cores avermelhadas e tons pastéis

Cancha de bochas

Cancha de bochas

Parecem enormes, mas não são

Parecem enormes, mas não são

A Esfinge

La Esfinge

Submarino (Foto Ischigualasto Hostel)

Submarino (Foto Ischigualasto Hostel)

El Hongo (O Cogumelo), o símbolo do parque

El Hongo (O Cogumelo), o símbolo do parque

Este parece pequeno, mas é gigantesco

Este parece pequeno, mas é gigantesco

Formações curiosas com Barrancas Coloradas ao fundo

Formações curiosas com Barrancas Coloradas ao fundo

Circuito com Lua Cheia

Visitar este Lugar Único no Mundo com lua cheia deve ser uma experiência inesquecível. O circuito percorrido durante a noite se restringe ao Valle Pintado, Cancha de Bochas, Iglesia Abandonada, La Esfinge e Las bandejas e por isso mesmo é mais barato, 100 pesos por adulto. O ideal é visitar o Valle de la Luna durante o dia e também durante a noite, pois a beleza é tanta que vale o preço. Para saber as datas de lua cheia basta acessar: Circuito com Lua Cheia.

Iglesia abandonada vista noturna

Iglesia abandonada vista noturna

Circuito de Caminhada ao Cerro Morado

A caminhada dura cerca de três horas e o preço é de 100 pesos por pessoa. Neste tour você sobe em um morro da região onde tem a oportunidade de vislumbrar toda beleza do local com uma vista panorâmica. A chance de avistar a fauna e flora da região também é bastante alta.

Circuito de Caminhada ao Cerro Morado

Circuito de Caminhada ao Cerro Morado

Circuito de Trekking A e B

Aqui a caminhada é mais longa e os lugares visitados são diferentes dos demais circuitos. O trekking A tem cinco quilômetros e setecentos metros de percurso que lhe custarão três horas de suor. Já no trekking B são quatro horas de caminhada em quase oito quilômetros. As grandes atrações dos trekkings são a fauna e flora além das Ventanitas e Bochas Gigantes. Para pessoas acostumadas a caminhar é uma ótima opção.

Tradicional foto de La Ventanita

Tradicional foto de La Ventanita

Museu do Parque Provincial Ischigualasto

Um museu ao lado da entrada do parque conta a História dos dinossauros na região. Para as crianças a grande atração são as réplicas dos temidos animais extintos a milhões de anos. Apesar de pequeno vale a visita. Dentro dele ainda funciona uma pequena loja de souvenires.

Esqueletos de dinossauro do museu

Esqueletos de dinossauro do museu

Parque Provincial El Chiflón

A cerca de trinta quilômetros do Parque Nacional Ischigualasto na Rota Nacional 150 está outro parque ainda menos conhecido tanto de brasileiros quanto dos próprios argentinos. El Chiflón também tem formações rochosas de tirar o fôlego. São três circuitos que são percorridos parte em carro do próprio visitante e parte caminhando. O custo das entradas é de 100 pesos por pessoa e crianças não pagam. Devido às chuvas, nos restringimos ao circuito número um. Passamos primeiro Los Morteros que são buracos cavados na pedra e usados como pilão para moer grãos a milhares de anos atrás. Depois vimos El Hongo (O Cogumelo) que mais parece uma árvore de pedra. O fim do trajeto de carro acontece na rotunda (rotatória). Deixamos o carro e iniciamos uma bela caminhada avistando a flora da região e seus nomes curiosos e também as belas formações rochosas: La tortuga (a tartaruga), La Piramide e La Torre entre outras. Vale a visita.

Los Morteros

Los Morteros

El Hongo do Parque Provincial El Chiflón

El Hongo do Parque Provincial El Chiflón

La Tortuga no alto a direita

La Tortuga no alto a direita

Formações impressionantes

Formações impressionantes

La Torre

La Torre

Até a flora tem bom humor

Até a flora tem bom humor

La Piramide

La Piramide

Beleza única

Beleza única

Escultura da natureza

Escultura da natureza

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Lugares Únicos no Mundo – Parque Nacional Talampaya– Argentina

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Você cruza o deserto por uma estrada de terra e quando se dá conta percebe que na verdade aquele caminho é um leito seco de um rio. Aqui e ali pequenos arbustos insistem em se manter vivos em baixo de um sol inclemente. Nada ao redor tem altura superior a um ser humano, mas de repente a monótona paisagem muda abruptamente. Uma maciça parede vermelha como uma cortina de fogo se interpõe imponente a frente do ônibus. Do alto de seus cento e cinquenta metros o cânion de Talampaya olha a tudo e todos com seu ar de superioridade. Não é só o descomunal tamanho que impõe respeito. A obra prima esculpida pela mãe natureza por milhões de anos lembra e muito as esculturas do mestre Gaudí. E como em Barcelona você vai pensar em voz alta: Nunca vi nada igual.

O paredão é tão superlativo que deveria amedrontar até mesmo os gigantescos dinossauros que viveram na região milhões de anos atrás. Mas dinossauros não desenham e foram os humanos que deixaram seus petroglifos que perduram até hoje nas rochas. Alguns deles sugerem a presença extraterrestre no local. Não sei se foram os dinossauros, os extraterrestres, os petroglifos ou a beleza do lugar que o alçaram a Patrimônio da Humanidade, mas foi o conjunto da obra que elevou Talampaya ao status de Lugar Único no Mundo.

Talampaya - 150 metros de paredão

Talampaya – 150 metros de paredão

Localização

O Parque Nacional Talampaya fica no noroeste Argentino. Rumo ao norte a mais de mil quilômetros está a divisa com a Bolívia após passar pelas províncias de Catamarca, Tucumán, Salta e Jujuy. A oeste, não tão longe, pouco mais de trezentos quilômetros em estrada de terra está a fronteira com o Chile. Ao sul está a famosa região vinícola de Mendoza (pouco mais de cinco horas de carro) e a leste a capital Buenos Aires a cerca de mil e cem quilômetros.

Como chegar ao Parque Nacional Talampaya?

Apesar de ser um Parque Nacional de beleza indiscutível, infelizmente ainda é desconhecido do grande público de turismo. Mesmo os argentinos pouco conhecem desta pedra preciosa do turismo nacional. Para sorte de nossos leitores fomos garimpar mais esta joia que trazemos para vocês. Os aeroportos da região ficam bem distantes, assim as melhores opções são a mescla de avião e carro ou ônibus. São duas as cidades base para visitar o parque. San Agustín de Valle Fértil (ou apenas Valle Fértil no GPS) a mais distante, fica a cerca de noventa e oito quilômetros da entrada do Talampaya, mas fica mais próxima de outra atração da região, o Parque Provincial Ischigualasto, conhecido como Valle de la Luna. Já Villa Unión está a setenta e nove quilômetros das mais impressionantes formações rochosas da Argentina. Confira todas alternativas abaixo.

De ônibus

A única rota fixa para San Agustín de Valle Fértil parte de San Juan (capital da província de mesmo nome) três vezes ao dia. Abaixo estão os horários de partida e chegada da rota San Juan – San Agustín de Valle Fértil – San Juan. Empresa que opera a rota é a Vallecito.

Já para Villa Unión existem mais alternativas. A cidade é destino de ônibus que saem de La Rioja, Chilecito e San Juan. Partindo de La Rioja a viagem dura quatro horas e tem quatro partidas diárias. Veja horários e empresas abaixo:

Opções de ônibus de La Rioja a Villa Unión

Opções de ônibus de La Rioja a Villa Unión

De Chilecito o ônibus da empresa Invanlor parte somente ao meio dia e meia. De San Juan a empresa G-Team faz o trajeto em três horas com saídas diárias às seis da tarde e a Transportes Fernández fazem a mesma rota com saídas às dez da noite de terças, quintas e domingo.

De avião

Os aeroportos mais próximos de San Agustín de Valle Fértil são os de San Juan ou de La Rioja. De La Rioja são duzentos e dezenove quilômetros percorridos em duas horas e meia de carro. Do aeroporto de San Juan a distância é um pouco maior, duzentos e quarenta quilômetros em quase três horas de carro. Lembre-se que só existem ônibus regulares saindo de San Juan, assim se não for alugar um carro esta é a melhor opção de aeroporto. Ambos aeroportos são pequenos e recebem voos apenas de Buenos Aires conforme tabela abaixo.

Voos para La Rioja

Voos para La Rioja

Voos para San Juan

Voos para San Juan

Se seu destino final é Villa Unión as distâncias são ainda maiores. Do aeroporto de San Juan a Villa Unión são quase quatro horas de viagem para percorrer trezentos e dezoito quilômetros. Se pousar em La Rioja você diminui uma hora de viagem até Villa Unión. Lembrando que a oferta de voos a La Rioja é menor, mas o tempo de percurso de carro e as opções de ônibus são maiores para chegar a Villa Unión. Conhecer um Lugar Único no Mundo não é fácil, é preciso persistência.

Uma última opção para nós brasileiros e mais exatamente os paulistas é um voo da Gol direto de São Paulo para Córdoba (foi este voo que nos levou até lá). Do aeroporto de Córdoba até San Agustín de Valle Fértil são seis horas de carro percorrendo quinhentos e trinta e cinco quilômetros e até Villa Unión são seis horas e meia. Tudo para evitar ter que pegar dois voos.

De carro

Devido a baixa oferta de transporte público na região recomendamos altamente o aluguel de um carro para visitar o Parque. O tour no interior do Talampaya só pode ser feito nos veículos da empresa concessionária que explora o turismo no Parque, a Rolling Travel. Mas para chegar até a entrada do parque não existe transporte público. Se não alugar um carro, a única opção é se juntar a uma excursão. Se optar por seguir nossa sugestão abaixo estão as locadoras de autos disponíveis nas cidades da região.

Empresas de aluguel de carro em La Rioja:

Travel Rent a Car, Rental car Group, Logi Travel

Empresas de aluguel de carro em San Juan:

Trebol, Auto San Juan, Avis, Alamo

Empresas de aluguel de carro em Córdoba:

Alquiller Auto Córdoba foi nossa escolha. Era a opção mais barata, mas eles esqueceram de trazer um cadeirinha para crianças solicitada previamente. Como não tem escritório no aeroporto esperamos mais de duas horas para conseguirem a tal cadeirinha.

De excursão

Como o turismo ainda é incipiente na região, não existem muitas agências que façam os traslados de San Agustín de Valle Fértil até a entrada do parque. Caso não tenha carro alugado o melhor mesmo é consultar seu hotel ou hostel para verificar se eles podem providenciar o transporte. O Hostel Valle de la Luna e o Hostel Ischigualasto tem serviço de tours e transporte para as atrações da região.

Já em Villa Unión existem inúmeras alternativas de excursões para chegar até o Parque Nacional Talampaya. Conheça algumas operadoras da cidade:

Talampaya Excursiones, Soria Hermanos, Paraíso del Bermejo, Runacay

De carro, excursão, o  mais importante é chegar até lá

De carro, excursão, o mais importante é chegar até lá

Onde ficar

Usando, como nós, a cidade de San Agustín de Valle Fértil como base para visitar o parque sugerimos a Cabañas Valle Pintado que foi nossa escolha e agora é recomendação. O quarto para três pessoas (uma cama de casal e uma de solteiro) custou 680 pesos argentinos, pouco mais de cinquenta dólares. Por este mesmo preço, Margarita (proprietária) ainda colocou um berço de viagem para o Noah (nosso filho de dez meses). O café da manhã é preparado por você mesmo (chá, café e leite em pó, geleia, manteiga e bolachas). O quarto tem banheiro privativo, ar condicionado, ventilador de teto, frigobar e TV de LED. Estacionamento e wifi gratuitos. As cabanas para seis pessoas saem por pouco menos de 1200 pesos e ainda tem cozinha e churrasqueira. Margarita ainda trocou nossos dólares por pesos argentinos num câmbio bem próximos ao negro (ou blue como chamam os argentinos).

Vista do quarto para três pessoas

Vista do quarto para três pessoas

Piscina para se refrescar do calor do deserto

Piscina para se refrescar do calor do deserto

Cozinha da cabana para seis pessoas

Cozinha da cabana para seis pessoas

Na frente do hotel funciona um restaurante do mesmo proprietário.

Se sua cidade base for Villa Unión indicamos o Hotel Don Remo que foi a sugestão de uma agência da cidade e é relativamente bem avaliado no Trip Advisor. Salientamos que não nos hospedamos lá.

Vista do Quarto no Don Remo

Vista do Quarto no Don Remo

Quando ir

A região é desértica e por isso mesmo as chuvas são escassas e concentradas no verão, entre dezembro e fevereiro. Num ano inteiro a média pluviométrica é de apenas 250 milímetros, ou seja, dez vezes menos que em Manaus. Mesmo assim estas podem atrapalhar e muito sua viagem. As estradas da região não têm pontes já que os rios passam a maior parte do ano secos. Assim quando as chuvas de verão chegam, as águas dos leitos dos rios passam pelas estradas e arrastam muita lama o que provoca atolamentos e interdição das rotas. Nós ficamos atolados uma vez na estrada de acesso ao Parque. Durante os períodos de chuvas algumas das atrações do Parque também podem estar fechadas devido à dificuldade de acesso.

Recomendamos a visita nos meses de maio ou setembro quando as chuvas são ainda mais escassas e você não precisará enfrentar o frio do inverno. Em julho pode até cair neve. Nestes meses você também fugirá dos altos preços da alta temporada de inverno.

Escolha a melhor época para visitar o parque

Escolha a melhor época para visitar o parque

O que comer

A culinária argentina é conhecida de nós brasileiros pela sua parillha, mas ela vai muito além disso. A influência da gastronomia italiana é evidente e por qualquer lugar que você vá no país as milanesas estão sempre presentes, de norte a sul e de leste a oeste e em San Agustín de Valle Fértil ou Villa Unión não poderia ser diferente. No Restaurante Triásico você pode comer uma milanesa com batatas fritas por um preço bem acessível saboreando uma cerveja Quilmes. Mas a grande atração do restaurante não é a comida. Crianças e adultos preparem-se para entrar no mundo perdido de Jurassic Park. Os dinossauros que habitaram a região a milhões de anos atrás estão mais do que vivos neste restaurante. Prato cheio também para os olhos principalmente das crianças que vão ficar maravilhadas.

Fachada do restaurante Triasico

Fachada do restaurante Triasico

Amélie se divertindo com seu amigo dinossauro

Amélie se divertindo com seu amigo dinossauro

Amélie ficou minúscula perto do dinossauro

Amélie ficou minúscula perto do dinossauro

Dinossauros por todos os lados

Dinossauros por todos os lados

No caso de se hospedar em Villa Unión sugerimos o Restaurante La Ramada que fica dentro do Hotel Pircas Negras e é muito bem avaliado no Trip Advisor.

Tarifas de entrada no Parque Nacional Talampaya

O preço de entrada é de 80 pesos argentinos para estrangeiros. Os locais pagam menos da metade (35 pesos). Estudantes universitários e residentes na província de La Rioja pagam ainda menos (20 pesos). Menores de 16 anos, aposentados e pensionistas e maiores de 65 anos tem entrada franca.

Estes valores são apenas para entrar no parque. Veja abaixo as tarifas das diferentes excursões por Talampaya.

Excursões do Parque Nacional Talampaya

Conforme já mencionamos as excursões dentro do parque só podem ser feitas pela concessionária. Não é permitida a entrada com veículos particulares.

Excursão Safari Aventura 4X4

Esta excursão é feita em um caminhão 4X4 equipado com ar condicionado, TV, banheiro e janelas panorâmicas. Quem quiser um contato mais íntimo com o local pode viajar na parte superior do caminhão que é aberta usando os binóculos que estão inclusos no pacote para ver as belezas naturais mais de perto. O preço é de 330 pesos argentinos por pessoa. Crianças menores de 2 anos não pagam. Crianças entre 2 e 12 anos pagam metade, mas a Amélie que já tem 3 anos acabou entrando de graça. Existem também planos familiares. Para mais informações clicar no link: Tarifas de entrada no Parque Nacional Talampaya.

Caminhão usado no tour

Caminhão usado no tour

A duração do passeio é de 3 horas e você poderá conhecer as principais atrações do parque: Cañon de Talampaya, Los Morteros, Jardín Botánico, La Catedral Gótica, El Condor, La Torre, El Totem e El Monje.

Excursão Cañon de Talampaya

O circuito percorrido neste tour é idêntico ao da Excursão Safari Aventura 4X4. O que muda é o meio de transporte que neste caso é uma van ou micro ônibus. Esta é a excursão mais popular e também a mais barata. Custo de 275 pesos argentinos por pessoa e se aplicam os mesmos descontos mencionados acima.

Vale o dinheiro para conhecer tanta beleza

Vale o dinheiro para conhecer tanta beleza

Excursão Cañon de Talampaya y Los Cajones

Como viajamos com crianças pequenas optamos pela excursão de menor duração, mas quem tiver tempo e disposição pode estender o passeio até o Los Cajones. Um cânion com paredões de 80 metros de altura e apenas seis metros de largura. Aqui carros não entram e você terá que caminhar por entre os paredões para se sentir como uma formiguinha. O preço por pessoa é de 530 pesos argentinos e a tempo de duração  do tour é de 4 horas e meia.

Cânion de Los Cajones (foto site talampaya.com)

Cânion de Los Cajones (foto site talampaya.com)

Excursão Cañon de Talampaya e Cajones de Shimpa

Também uma excursão com um ponto a mais de visitação além do circuito tradicional. Voltando de El Monje, perto de La Catedral Gótica faz-se um desvio de seis quilômetros para se conhecer um cânion também muito alto e estreito. Preço de 330 pesos argentinos por pessoa e duração de 3 horas.

Cânion de Cajones de Shimpa (foto site talampaya.com)

Cânion de Cajones de Shimpa (foto site talampaya.com)

Atrações do Parque Nacional Talampaya

Cañon de Talampaya

Cânion com gigantescos paredões de 150 metros de altura e uma coloração avermelhada que fica ainda mais intensa com a luz solar. O local me lembrou muito Uluru, a pedra sagrada dos aborígenes na Austrália. Para quem gosta da exuberância da mãe natureza um passeio imperdível.

Imponência de um gigante

Imponência de um gigante

Até o Noah ficou boquiaberto

Até o Noah ficou boquiaberto

Cânion de Talampaya

Cânion de Talampaya

Formações rochosas no cânion

Formações rochosas no cânion

Formações inadrecitáveis

Formações inadrecitáveis

Los Morteros

No próprio Cañon de Talampaya estão Los Morteros que são buracos na rocha usados para moer grãos de milhos e outros cereais a milhares de anos atrás. Segundo nosso guia os buracos eram abertos na pedra usando o corrosivo suco gástrico das vísceras de animais como os guanacos.

Los Morteros, buracos para moer milho

Los Morteros, buracos para moer milho

Petróglifos

Incrições esculpidas nas rochas que mostram o dia a dia dos povos que habitaram a região. Alguns desenhos são totalmente desconexos com a realidade e segundo o guia evidenciam que estes povos faziam uso de alucinógenos.

Dia a dia da época gravado nas rochas

Dia a dia da época gravado nas rochas

Astrounautas, extraterrestres?

Astrounautas, extraterrestres?

Jardín Botánico

Um oásis dentro do deserto, mas os descomunais paredões continuam por lá fazendo sombra para as árvores. Aqui nosso guia nos convidou para uma divertida brincadeira. Todos ao mesmo tempo deveriam gritar a palavra: Hola. O resultado inesperado foi um eco repetido por até quatro vezes pelos paredões. As crianças adoraram.

Árvores no deserto

Árvores no deserto

La Catedral Gótica

Tão imponentes quanto o Cañon de Talampaya, os maciços da Catedral Gótica são mais trabalhados pelo vento que sopra incessantemente. Aqui as formações são todas pontiagudas se assemelhando a estalagmites ou a torres de uma Catedral Gótica.

De tão grande nem cabe na foto

De tão grande nem cabe na foto

Família reunida para foto

Família reunida para foto

El Condor

Uma pequena formação rochosa em forma de condor localizada no mesmo sítio da Catedral Gótica. Nem tão pequena assim. Deve ter uns três metros de altura.

Condor só vimos este mesmo

Condor só vimos este mesmo

La Torre

O nome vem exatamente do formato desta gigantesca rocha. Não sei dizer qual sua altura, mas impressiona o tamanho descomunal da formação. Percebam o tamanho das pessoas ao lado dela.

La Torre. Reparem no tamaho das pessoas perto dela

La Torre. Reparem no tamaho das pessoas perto dela

Vista de outro ângilo com El Totem ao fundo

Vista de outro ângilo com El Totem ao fundo

El Totem

É o irmão mais novo da Torre e portanto mais baixo. Como um bom irmão fica sempre ao lado de sua irmã mais velha.

Menor que La Torre mas ainda assim enorme

Menor que La Torre mas ainda assim enorme

El Monje

É difícil de acreditar que esta formação exista. Só mesma a natureza poderia produzir uma obra tão perfeita. A semelhança com um monge segurando uma garrafa é assustadora. E “cabeça” do monge fica lá se equilibrando sobre o “corpo” há milhares de anos.

El Monje ao fundo a direita na foto

El Monje ao fundo a direita na foto

Fauna

No começo do tour confesso que duvidei do guia quando ele falou da possibilidade de avistarmos alguma animal, mas não é que o zorro deu o ar da graça. Dizem que também é possível vermos condores.

Zorrito

Zorrito

Sendero del Triasico

Não poderia deixar de ter uma atração imperdível para as crianças. No Sendero del Triasico eles se espatam, se divertem e adoram as réplicas de dinoussauros.

Tem esqueleto de dinossauro

Tem esqueleto de dinossauro

Dinossauro grande

Dinossauro grande

e dinossauro maior ainda para encantar as crianças

e dinossauro maior ainda para encantar as crianças

Ciudad Perdida y Cañon Arco Iris

Na altura do quilômetro 133,5 da ruta nacional 76 está a área de serviço para visitação a Ciudad Perdida e Cañon Arco Iris. A entrada para as demais atrações está no quilômetro 148. O passeio é feito com veículo da empresa concessionária e dura de três a quatro horas para conhecer os lugares das fotos abaixo. O trekking é leve e todos podem fazer.

Vista da cratera onde fica Ciudad Perdida

Vista da cratera onde fica Ciudad Perdida

Cañon Arco Iris (Foto site villa-union.com.ar)

Cañon Arco Iris (Foto site villa-union.com.ar)

Quebrada Don Eduardo

Trekking que dura de três a cinco horas para vislumbrar as formações das fotos abaixo.

Trekking Quebrada Don Eduardo

Trekking Quebrada Don Eduardo (Foto do site Sendas de Argentina)

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Lugares Únicos no Mundo – Petra – Jordânia


10 Hábitos estranhos que vimos em Nossa Viagem de Volta ao Mundo

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Quem nos conhece sabe que um dos nossos grandes prazeres nas viagens é descobrir como tarefas do cotidiano podem ser feitas das maneiras mais diferentes ao redor do mundo. Não só tarefas, mas nos encanta observar as pessoas e seus hábitos e costumes. Quanto mais distante o lugar, maior a possibilidade de você se defrontar com um costume para lá de estranho. Mas não precisamos ir longe para perceber as diferenças de hábitos. Elas estão em todos os lugares, basta ser atento e observador. Aqui mesmo no Brasil temos dezenas delas. Em minha primeira visita ao Rio Grande do Sul fiquei abismado com a popularidade do sagu. Muita gente nem deve saber o que é. Mas em terras gaúchas esta sobremesa bate de longe qualquer brigadeiro ou chocolate na preferência local. Particularmente acho que tem textura de meleca, mas viva a diferença e vamos ao que encontramos ao redor do mundo.

Eles estão por todo o mundo, basta estar atento para observá-los

Eles estão por todo o mundo, basta estar atento para observá-los

1) Homens de mãos dadas

É incrível como os costumes podem variar de país para país. Uma mesma cena é interpretada de maneira totalmente diferente em distintas culturas. No ocidente homens de mãos dadas caminhando pela rua é na grande maioria das vezes um sinônimo de um casal homossexual. Ao contrário, em países árabes é apenas um sinal de amizade, já que por lá o homossexualismo é proibido e muitas vezes punido com a pena de morte. Confesso que para nós foi um tanto confuso ver cafés árabes lotados de homens de mãos dadas e até uns sentados no colo dos outros.

Hábito comum em países árabes

Hábito comum em países árabes

2) Escarrar é sinal de higiene

Mais uma vez o oriente nos surpreende. Na China escarrar é sinal de higiene. Na concepção chinesa ao escarrar você está se livrando das impurezas do corpo. E eles fazem sem cerimônia. Nas ruas, no elevador, no chão do avião, em casa. Quando estiver por lá tome cuidado para não ser atingido por uma cusparada.

Nem os avisos de proibição são capazes de deter as escarradas no elevador

Nem os avisos de proibição são capazes de deter as escarradas no elevador

3) A siesta espanhola

Durante nossa Viagem de Volta ao Mundo estivemos cerca de 40 dias na Espanha e portanto tivemos tempo de sobra para observar os costumes locais. Podemos dizer com autoridade: a siesta é mais sagrada que o Papa. O cochilo depois do almoço em terras espanholas dura horas e não meros minutos. Este hábito fica ainda mais evidente em cidades menores que eles chamam de pueblos. Uma vez nos demoramos um pouco a mais em um restaurante e tivemos que deixar o dinheiro sobre a mesa, pois todos sumiram para a tradicional siesta.

A siesta é sagrada não importa onde estejam

A siesta é sagrada não importa onde estejam

4) Tirar os sapatos para entrar em casa

Isso é obrigatoriedade nos países asiáticos, mas também muito comum em muitas casas na Europa. Na verdade só é um hábito totalmente estranho ao brasileiro. Talvez seja por isso que na Ásia eles prefiram os chinelos aos sapatos fechados, pois em todo lugar é um tira e põe sapato danado. Eles levam a coisa tão a sério que até em hotéis é comum ver montes de chinelo amontoados nas portas.

Se tira o sapato em todos os lugares. Entrada de um templo budista

Se tira o sapato em todos os lugares. Entrada de um templo budista

5) Cinco orações diárias

Muçulmanos devem rezar cinco vezes ao dia. E as orações tem hora certa para acontecer, não basta apenas rezar a qualquer horário do dia. Os horários são: ao amanhecer, depois do meio dia, entre o meio dia e o pôr do sol, logo após o pôr do sol e uma hora após o pôr do sol. E em todas as orações a pessoa deve estar virada no sentido de Meca a cidade sagrada do Islã. Em algumas mesquitas existem até os horários das orações marcados em relógios como na foto abaixo de uma mesquita malaia que tem sete horários de oração.

Mesquita Nacional na Malásia. 7 orações diárias com hora marcada.

Mesquita Nacional na Malásia. 7 orações diárias com hora marcada.

6) Ablução

Antes da oração os muçulmanos devem estar puros e esta purificação se dá através do ato de ablução. É um ritual onde eles se lavam com água. Entre outras partes do corpo são lavadas as mãos, rostos e pés conforme figura abaixo. Não se espante como eu se entrar no banheiro de um aeroporto e encontrar um homem de mais de dois metros de altura com o pé dentro da pia se lavando.

Passo a passo da ablução

Passo a passo da ablução

7) Prepare-se para ter sua vida devassada na Índia

A Índia não é um país, a Índia é outro planeta dentro do nosso planeta Terra. Por onde você for haverá sempre uma multidão de pessoas a sua volta. Eles são bastante curiosos principalmente se tratando de estrangeiros. Irão se aproximar e puxar conversa e em menos de cinco minutos farão perguntas bastante indiscretas para um ocidental. Perguntas como: Qual seu salário? Se você tem amante? E coisas do gênero. Prepare-se para se esquivar mais que boxeador.

Dá para ter privacidade num lugar destes?

Dá para ter privacidade num lugar destes?

8) Australianos adoram andar descalços

Para eles é super normal, já para nós brasileiros que na grande maioria somos Tostines (estamos sempre fresquinhos) é um absurdo sair à rua descalço. A indignação brasileira vai ao máximo quando percebemos que eles andam descalços em qualquer lugar, inclusive em shoppings centers.

Descalços até em shoppings

Descalços até em shoppings

9) Hora na Etiópia

A hora na Etiópia é diferente. Os dias são divididos em dois intervalos de doze horas. Até aqui nada de diferente do resto do mundo. A questão é que neste país o dia começa às seis da manhã e, portanto para eles este horário na verdade é zero hora. É complicado de entender e assim o melhor é exemplificar. Se seu ônibus deveria sair às sete horas da manhã no mundo inteiro, na Etiópia este período do dia é conhecido como uma hora. Quando estiver por lá lembre-se disso para não perder a hora.

Dois horários diferentes no mesmo local

Dois horários diferentes no mesmo local

10) Mulheres são proibidas de dirigir na Arábia Saudita

Deve ser por isso que a taxa de acidentes no país é tão baixa. Brincadeirinha gente. Todos sabem que as mulheres dirigem melhor que nós homens. Causam menos acidentes e é por isso mesmo que o seguro para o carro delas é mais barato. Infelizmente esta proibição só evidencia o caráter machista e que delega uma posição secundária da mulher na sociedade saudita.

É verdade

É verdade

Durante nossas viagens colecionamos dezenas de hábitos estranhos em diferentes países do mundo. Estes foram apenas os primeiros dez. Tem mais post sobre o assunto no futuro. Aguardem.

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Como chegar/sair do Aeroporto de Confins – Belo Horizonte

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Depois de desvendarmos os mistérios dos meios de transporte dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo e de Suvarnabhumi na Tailândia, chegou a hora de mostrarmos todas as maneiras de chegar e sair de Confins, o quinto aeroporto mais movimentado do Brasil. Inaugurado em 1984 para suprir a crescente demanda que já não era suportada pela Pampulha o aeroporto só tem crescido desde então e já recebe dez vezes mais passageiros que a Pampulha. Seu nome oficial é aeroporto Internacional Tancredo Neves, homenagem ao ilustre filho das Minas Gerais. Mas vamos às opções disponíveis para percorrer os quarenta quilômetros que o separam de Belo Horizonte.

Confins o quinto maior aeroporto do Brasil

Confins o quinto maior aeroporto do Brasil

Táxi

A primeira opção e mais cômoda é tomar um táxi, mas este luxo pode sair mais caro que a passagem do avião no caso de alguns vôos nacionais. Sugerimos usar esta alternativa somente se estiver com muita bagagem. Existem quatro empresas autorizadas a operar no aeroporto. Para sua segurança nunca use serviço de táxis clandestinos. Duas delas são de táxi especial (mais luxuosos) e duas de táxi comum (mais baratos). As empresas de táxi especial são a Coopertramo e Cootramo. Já os táxis comuns são operados pela Cooperfins e Minas Táxi.

Os guichês de todas as empresas ficam no piso de desembarque. Basta se dirigir a eles e informar o endereço de destino. Os preços são fixos e o taxímetro não é ligado durante a corrida.

Guichês das empresas de táxi em Confins

Guichês das empresas de táxi em Confins

No caso de uma corrida de Belo Horizonte para o aeroporto você tem livre escolha sobre qual empresa utilizar, podendo inclusive utilizar um dos diversos aplicativos para celular para chamar táxis. Os aplicativos te dão uma segurança maior já que todos os dados de motorista e passageiro são gravados e guardados. Para não ser enganado, abaixo uma lista de preços de corridas saindo de Confins para alguns lugares da cidade de Belo Horizonte. Os preços podem variar em função do trânsito. Caso seu destino final não esteja na tabela, basta acessar o site Tarifa de Taxi para saber quanto custará sua corrida.

Preços de táxis partindo de Confins para diversos endereços em BH

Preços de táxis partindo de Confins para diversos endereços em BH

Ônibus Executivo

Uma segunda opção bastante utilizada por viajantes solitários é o Conexão Aeroporto. Partindo de Confins os ônibus tem dois destinos diferentes: Terminal Belo Horizonte – Pedro Álvares Cabral e Terminal Betim. Em ambos os casos o embarque é feito pela pista interna do aeroporto com guichê de vendas no saguão principal.

Belo Horizonte

Para o Terminal Belo Horizonte o desembarque é na Avenida Álvares Cabral 387 em Belo Horizonte. O preço da passagem é de vinte e três reais e setenta centavos que podem ser pagos em dinheiro ou cartão de crédito American Express. O tempo previsto de percurso é de cinquenta minutos. A frequência de partidas é praticamente a cada vinte minutos exceto em horários da madrugada. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Confins – Terminal Belo Horizonte.

Guichê do Conexão Aeroporto em Confins

Guichê do Conexão Aeroporto em Confins

No sentido contrário (Terminal Belo Horizonte – Confins) o preço, condições de pagamento, tempo de percurso estimado e frequência de partidas são os mesmos. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Terminal Belo Horizonte – Confins.

Guichê do Conexão Aeroporto no Terminal Belo Horizonte

Guichê do Conexão Aeroporto no Terminal Belo Horizonte

Betim

Para o Terminal Betim o desembarque é na Avenida Bandeirantes 1210 em Betim, em frente ao hotel Serra Negra. O preço da passagem é de trinta e seis reais e cinco centavos e a única forma de pagamento é em dinheiro. O tempo previsto de percurso é de uma hora e quarenta minutos. São onze partidas nos dias úteis. Abaixo tabela com todos os horários de partida:

Horários de ônibus do aeroporto para Betim

Horários de ônibus do aeroporto para Betim

No sentido contrário (Terminal Betim – Confins) o preço, condições de pagamento, tempo de percurso estimado e frequência de partidas são os mesmos. Abaixo tabela com todos os horários de partida:

Horários de ônibus de Betim para Confins

Horários de ônibus de Betim para Confins

Ônibus Convencional

Partindo de Confins os ônibus tem dois destinos diferentes: Rodoviária Belo Horizonte e Aeroporto da Pampulha. Em ambos os casos o embarque é feito pela pista interna do aeroporto com guichê de vendas no saguão principal.

Para a Rodoviária de Belo Horizonte o desembarque só pode ser feito no destino final. O preço da passagem é de dez reais e setenta centavos que podem ser pagos em dinheiro ou cartão ótimo (bilhete eletrônico metropolitano). O tempo previsto de percurso é de sessenta minutos. A frequência de partidas é praticamente a cada meia hora exceto em horários da madrugada. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Confins – Rodoviária de Belo Horizonte.

No sentido contrário (Rodoviária de Belo Horizonte – Confins) o preço, condições de pagamento, tempo de percurso estimado e frequência de partidas são os mesmos. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Rodoviária de Belo Horizonte – Confins.

Para o aeroporto da Pampulha o desembarque só pode ser feito no destino final. O preço da passagem é de dez reais e setenta centavos que podem ser pagos em dinheiro ou cartão ótimo (bilhete eletrônico metropolitano). O tempo previsto de percurso é de quarenta e cinco minutos. A frequência de partidas é praticamente a cada meia hora exceto em horários da madrugada. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Confins – Aeroporto da Pampulha.

No sentido contrário (Aeroporto da Pampulha – Confins) o preço, condições de pagamento, tempo de percurso estimado e frequência de partidas são os mesmos. Para tabela com todos horários de partida acesse: Horários de partida Aeroporto da Pampulha – Confins.

Ônibus Urbano

Para Rodoviária de Belo Horizonte ainda existe uma terceira opção mais barata que as anteriores para chegar ou sair de Confins. O desembarque só é permitido no destino final. O preço da passagem é de oito reais e setenta e cinco centavos e a única forma de pagamento é em dinheiro ou cartão ótimo (bilhete eletrônico metropolitano). O tempo previsto de percurso é de uma hora e quinze minutos. São duas partidas diárias. Abaixo tabela com todos os horários de partida:

Poucas opções de horário para o ônibus mais barato

Poucas opções de horário para o ônibus mais barato

No sentido contrário (Rodoviária de Belo Horizonte – Confins) o preço, condições de pagamento, tempo de percurso estimado e frequência de partidas são os mesmos. Abaixo tabela com todos os horários de partida:

Apenas dois horários no dia pagando R$ 8,75

Apenas dois horários no dia pagando R$ 8,75

Transfers e Traslados

A empresa Tour Guide Brasil oferece serviços de transfers e tralsados para o aeroporto de Confins em vans e carros de passeio. Consulte preços em Tour Guide Brasil.

Aeroporto de Confins – Contagem

Saindo do aeroporto você já pode ir direto para Contagem sem ter que passar pela rodoviária de belo Horizonte. Esta facilidade pode economizar facilmente muito do seu tempo. A viagem dura pouco mais de uma hora (em horários de pico pode durar mais) e custa vinte e seis reais e sessenta e cinco centavos. Os bilhetes podem ser comprados pela internet no site da Contagem Aeroporto ou direto no guichê da empresa na Avenida João César de Oliveira 6.337 em Contagem. Os ônibus tem wi-fi, ar condicionado e TV. A empresa ainda oferece estacionamento no local pelo preço de dez reais a diária. Abaixo tabela de horários de partidas em ambos os sentidos:

De Contagem direto para Confins sem passar por BH

De Contagem direto para Confins sem passar por BH

Gostou do post? Deixe suas dicas de como se transportar de forma barata durante suas viagens.

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Empresas de Aviação Low Cost na Europa

Empresas de Aviação Low Cost na Ásia

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Como chegar/sair do Aeroporto de Brasília

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Depois de desvendarmos os mistérios dos meios de transporte dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo e de Confins em Belo Horizonte, chegou a hora de mostrarmos todas as maneiras de chegar e sair do aeroporto de Brasília (BSB), o segundo aeroporto mais movimentado do Brasil, atrás somente de Guarulhos (GRU). Recentemente o aeroporto de Brasília superou Congonhas em número de passageiros transportados. Inaugurado na década de 50 sua pista tinha apenas 2.400 metros de extensão. Seu formato atual começou a ser desenhado no início da década de 90 e desde então não parou de crescer. Funciona como hub das empresas aéreas brasileiras em voos que ligam as regiões sul e sudeste ao norte e nordeste. Impossível por exemplo viajar para Roraima sem passar por Brasília. Seu nome oficial é aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek. Como tudo em Brasília o aeroporto também leva o nome de seu idealizador. Mas vamos às opções disponíveis para percorrer os pouco mais de doze quilômetros que o separam do plano piloto.

Aeroporto de Brasília o segundo mais movimentado do país

Aeroporto de Brasília o segundo mais movimentado do país

Metrô

Infelizmente Brasília não difere muito das outras cidades brasileiras quando o assunto é metrô para o aeroporto. A linha 1 do metrô leve (VLT) de Brasília ainda está em construção, sem previsão de término. O dia em que começar a operar todos poderão chegar ao aeroporto de metrô.

Linha 1 (lilás) do metrô infelizmente só existe no papel

Linha 1 (lilás) do metrô infelizmente só existe no papel

Táxi

A primeira opção e mais cômoda é tomar um táxi. No caso do aeroporto de Brasília este não é considerado um luxo já que distância entre ele e o plano piloto é bem pequena, menos de treze quilômetros Uma corrida de táxi deste trajeto sai por menos de quarenta reais.

Táxis de Brasília

Táxis de Brasília

Não existem guichês de companhias de táxi. Basta sair pelo piso de desembarque que eles estarão lá em fila esperando pelos passageiros. Certifique-se que o taxímetro foi ligado antes de partir e boa viagem. Para não ser enganado, abaixo uma lista de preços de corridas saindo do aeroporto para alguns lugares da cidade de Brasília e entorno. Os preços podem variar em função do trânsito. Caso seu destino final não esteja na tabela, basta acessar o site Tarifa de Taxi para saber quanto custará sua corrida.

Preço de táxi para diversos pontos de Brasília

Preço de táxi para diversos pontos de Brasília

Ônibus Executivo (linha 113)

Uma segunda opção bastante utilizada por viajantes solitários é o ônibus executivo. Partindo do aeroporto os ônibus passam pela seguinte rota: eixo L, Esplanada dos Ministérios, setor hoteleiro norte e sul, centro de convenções e eixo W. O preço do trajeto é de oito reais e o pagamento só pode ser feito em dinheiro diretamente no ônibus. O embarque é feito em frente aos portões de chegada 4 e 5 e o percurso dura menos de trinta minutos.

Ônibus com ar condicionado e bagageiro

Ônibus com ar condicionado e bagageiro

A partir das sete e meia os ônibus não passam na Esplanada dos Ministérios. Aos sábados, domingos e feriados o último ônibus sai às onze da noite. Abaixo tabela com todos os horários de partida do ônibus:

Horários do ônibus executivo

Horários do ônibus executivo

Ônibus Urbano (Ônibus de Linha)

Este é sem dúvida o meio de transporte mais barato para chegar ou sair do aeroporto. Existem três linhas de ônibus com ponto inicial no aeroporto de Brasília. A linha 11 (Aeroporto/L2Norte e rodoviária/Aeroporto) e linha 30 (Aeroporto/ w3 sul e norte/ Aeroporto) praticamente fazem o mesmo trajeto saindo do aeroporto até o setor noroeste. Ambos custam dois reais ao passageiro. Veja rota completa abaixo.

Percurso linha 11

Percurso linha 11

Percurso linha 30

Percurso linha 30

Outra opção pelo mesmo preço é a linha 102.1 interligada com o metrô que vai até a rodoviária.

Percurso linha 102.1

Percurso linha 102.1

As linhas 181.3 São Sebastião/Lago Sul (Balão do Aeroporto-EAS) e 181.4 São Sebastião (Residencial Bosque-B. São Francisco – B. SJ – Quadra 100/200)/Aeroporto (EPDB) não passam pelo plano piloto mas também custam dois reais por passageiro.

Itinarários de ônibus que passam no aeroporto de Brasília com preço de três reais:

linha 129 (Núcleo Bandeirante/Paranoá (Aeroporto))

Percurso linha 129

Percurso linha 129

linha 274 (Santa Maria (QR-400)/Paranoá (Aeroporto))

Percurso linha 274

Percurso linha 274

linha 822 (Recanto das Emas/Paranoá(Aeroporto-Lago Sul))

Percurso linha 822

Percurso linha 822

linha 834 (Samambaia Norte (2ª Avenida)/Paranoá(Lago Sul-Aeroporto))

Percurso linha 834

Percurso linha 834

linha 835 (Samambaia Sul (2ª Avenida)/Paranoá (Aeroporto))

Percurso linha 835

Percurso linha 835

linha 877 Recanto das Emas(Q.800)-Riacho Fundo II/Paranoá(Aeroporto/Lago Sul)

linha 254.1 – Vila DVO/Paranoá (Aeroporto)

linha 511.3 – Itapoã / Aeroporto (Via Paranoá)

linha 126.1 Núcleo Bandeirante/ São Sebastião (via Aeroporto) – preço R$ 2,30

Para consultar mapas, horários e preços de qualquer itinerário de ônibus de Brasília consulte DFTRANS.

Transfers e City Tours

A empresa De Paula oferece serviços de transfers para o aeroporto de Brasília e city tour em carros de passeio. Consulte preços pelo link acima.

Aeroporto de Brasília – Guará

Se seu destino final é o bairro do Guará você tem duas opções para chegar até ele saindo do aeroporto de Brasília. Ambas as opções tem um custo de três reais.

linha 770 ( Paranoá (Condomínio Del Lago)/Guará (Aeroporto))

Percurso linha 770

Percurso linha 770

linha 129.1 Guará/Paranoá (Núcleo Bandeirante/Aeroporto)

Percurso linha 129.1

Percurso linha 129.1

Aeroporto de Brasília – Gama

Se seu destino final é o bairro do Gama você tem três opções para chegar até ele saindo do aeroporto de Brasília. Todas opções tem um custo de três reais.

linha 200.5 – Gama Leste/Paranoá (Aeroporto)

Percurso linha 200.5

Percurso linha 200.5

linha 201.5 – Gama Oeste/Paranoá (Aeroporto)

linha 209.5 – Gama (DF-290)/Paranoá (Aeroporto)

Aeroporto de Brasília – Taguatinga

Se seu destino final é o bairro de Taguatinga você tem uma opção para chegar até ele saindo do aeroporto de Brasília. Esta opção tem um custo de três reais.

linha 384.1 – QNR 5 (P2 Norte-Av. Hélio Prates)/Paranoá (Aeroporto-Lago Sul)

Percurso linha 384.1

Percurso linha 384.1

Aeroporto de Brasília – Ceilândia

Se seu destino final é o bairro de Ceilândia você tem uma opção para chegar até ele saindo do aeroporto de Brasília. Estas opções tem um custo de três reais.

linha 386.1 – Setor “P” Sul/Paranorá (Via Aeroporto-Lago Sul)

Percurso linha 386.1

Percurso linha 386.1

linha 387.1 – Setor “O” (Expansão)/Lago Sul-Paranoá (Aeroporto)

linha 388.1 – Setor “O” (Expansão)/Lago Sul-Paranoá (Aeroporto)

linha 389.1 – Setor “M” Norte/Lago Sul-Paranoá (Aeroporto)

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Praias distantes do centro do Guarujá

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As famosas praias do litoral de São Paulo são opções perfeitas para se distrair e esquecer os problemas do dia a dia, mesmo que por apenas um final de semana. Guarujá acaba sendo um destino bem frequentado e de fácil acesso, mas a maioria das pessoas conhece apenas as praias da Enseada e Pitangueiras, as mais próximas do centro. É importante lembrar e citar aquelas mais distantes, mas que igualmente garantem momentos incríveis.

Praia das Pitangueiras, uma das mais famosas do Guarujá

Praia das Pitangueiras, uma das mais famosas do Guarujá

Uma das mais tranquilas é a bela praia de Pernambuco, com 1650 metros de extensão. Ali, as ondas e fundo de areia oferecem condições ideais para a prática do surf. A vista privilegiada para a Ilha dos Arvoredos se destaca, ainda mais por ser o local onde foi utilizada pela primeira vez a energia solar no Brasil. Para provar que a experiência pode ser completa, ainda há grande diversidade e qualidade em restaurantes, bares, quiosques e hospedagens.

Sendo menos agitada, a praia do Éden também é uma boa alternativa para a prática de esportes náuticos, apesar de contar com apenas cem metros de extensão. O acesso para esta região é feito a partir de uma trilha de 20 minutos, a pé ou de carro, até o topo do morro. Chegando ao destino, o que todos encontram é areia clara e mar cristalino, em um ambiente relaxante. Outras que podem ser encontradas através de trilhas são as praias Preta, Branca e Camburi.

Tranqulidade para apreciar a beleza única da praia do Éden

Tranqulidade para apreciar a beleza única da praia do Éden

Um esforço mínimo na trilha para se alcançar um paraíso: praia branca

Um esforço mínimo na trilha para se alcançar um paraíso: praia branca

Já a praia do Perequê é conhecida como uma vila de pescadores, com cerca de dois quilômetros de extensão. Se o desejo é saborear peixes e frutos do mar fresquinhos, este é o melhor lugar da cidade. O mar acaba sendo impróprio para banho, devido à quantidade de barcos para a pesca que soltam óleo durante o dia. De qualquer forma, conhecer a praia e almoçar em um dos restaurantes especializados pode ser um passeio legal a ser feito em família.

Este é o lugar para apreciar frutos do mar

Este é o lugar para apreciar frutos do mar

Longe mesmo estão às praias de Iporanga e São Pedro, cenários belíssimos da região. A primeira está cercada de mansões em seus 700 metros de areias brancas, mas chama realmente a atenção pelo que fica em suas margens: uma bela cachoeira que forma uma piscina de água doce. A praia de São Pedro é um pouco mais longa, 1290 metros. É uma das mais bonitas e também conta com uma cachoeira e piscina natural, além de ser a queridinha dos surfistas. O acesso é mais difícil, mas a área é de preservação ambiental e por isso mesmo imperdível.

Trilha e praia a combinação perfeita na praia de São Pedro

Trilha e praia a combinação perfeita na praia de São Pedro

A quatro quilômetros do centro ainda encontra-se bem escondida, cercada por montanhas e Mata Atlântica preservada. É a praia do Guaiúba. O mar é caracterizado pelas águas calmas e indicadas para banhos e mergulhos. Se a viagem for feita em casal, com os parentes ou entre amigos, a conclusão é a mesma. O que vale é ir além e desvendar as riquezas naturais do Guarujá, comprovando que mesmo longe do centro, as praias são perfeitas para curtir no litoral. Este post foi patrocinado pelo site Roteiro de Turismo e para quem deseja mais informações sobre pousadas no Guarujá acesse: http://www.roteirodeturismo.com.br/hoteis-e-pousadas/sao-paulo/guaruja/

Cercada por Mata Atlântica a praia de Guaiúba é outra joia do Guarujá

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Como chegar/sair do Aeroporto do Galeão – Rio de Janeiro

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Depois de desvendarmos os mistérios dos meios de transporte dos aeroportos de Guarulhos e Congonhas em São Paulo, de Confins em Belo Horizonte e de Brasília (BSB) chegou a hora de mostrarmos todas as maneiras de chegar e sair do aeroporto do Galeão (GIG) no Rio de Janeiro, o quarto aeroporto mais movimentado do Brasil. Inaugurado no ano de 1977 o local já era uma base aérea desde 1924. O nome Galeão é oriundo do Galeão Padre Eterno que foi construído nas águas da Ilha do Governador a mando do rei de Portugal em 1640 onde hoje está o aeroporto. O tal galeão foi o maior navio de guerra da época com 1300 toneladas e deixou o apelido para o atual aeroporto que na verdade tem o nome oficial de aeroporto Antônio Carlos Jobim. Mas vamos às opções disponíveis para percorrer os poucos quilômetros que o separam da cidade do Rio de Janeiro.

O quinto maior aeroporto brasileiro em número de passageiros

O quinto maior aeroporto brasileiro em número de passageiros

Metrô

Infelizmente o Rio de Janeiro não difere muito das outras cidades quando o assunto é metrô para o aeroporto. A ligação do aeroporto do Galeão com o metrô não é direta e só pode ser feita de ônibus.

Mapa do metrô carioca

Mapa do metrô carioca

Táxi

A primeira opção e mais cômoda é tomar um táxi. Considere esta hipótese apenas se estiver com muita bagagem, pois mesmo com uma distância de menos de dezessete quilômetros entre o aeroporto e o centro da cidade do Rio de Janeiro uma corrida neste trajeto não sai por menos de quarenta e seis reais. Existem sete empresas autorizadas a operar no aeroporto. São cinco empresas de táxis especiais (opção mais luxuosa): Coopatur, Cootramo, Coopertramo, Transcoopass e Transcootour. E duas empresas de táxi comum (opção mais barata): Aerocoop e Aerotáxi.

Todas as empresas tem guichê no piso inferior do desembarque. Os guichês são divididos entre empresas de táxi comum e empresas de táxis especiais conforme fotos abaixo.

Guichês de empresas de táxi comum - piso de desembarque

Guichês de empresas de táxi comum – piso de desembarque

Guichês de empresas de táxi especial - piso de desembarque

Guichês de empresas de táxi especial – piso de desembarque

Nas empresas de táxi comum você tem a opção de escolher entre pagar um valor fixo ou o valor do taxímetro. Na imensa maioria das vezes opte pelo taxímetro para não ser enganado. A exceção é quando o trânsito estiver parado. Já as empresas de táxis especiais são bem mais caras e as tarifas são tabeladas, não há uso de taxímetro. Os preços estão na tabela abaixo. Se seu destino não estiver entre os da tabela, evite ser enganado e consulte: Preços táxi convencional e Preços táxi especial.

Preços de táxi do Galeão a diferentes lugares no Rio de Janeiro

Preços de táxi do Galeão a diferentes lugares no Rio de Janeiro

Ônibus Executivo (Premium Auto Ônibus)

Uma segunda opção bastante utilizada por viajantes solitários é o ônibus executivo. Partindo do aeroporto existem quatro linhas que servem a cidade do Rio de Janeiro. Você pode comprar a passagem diretamente com o motorista no ônibus. O ponto de partida de todas as linhas é saindo do piso de desembarque no final da pista. Ao passar a porta de saída de abertura automática vire à direita e siga até o final da calçada.

Guichê da Premium Auto Ônibus no Galeão

Guichê da Premium Auto Ônibus no Galeão

Ônibus aguardando horário de saída

Ônibus aguardando horário de saída

Linha 2018

Esta linha liga o Galeão à Barra da Tijuca passando pela Linha Vermelha. As saídas do aeroporto funcionam das cinco e meia da manhã a meia noite em dias de semana. Em fins de semana e feriados a última saída é às vinte e três horas e quarenta minutos. Já as saídas de Alvorada (ponto final) são das cinco e quarenta da manhã às vinte e duas horas e trinta e cinco minutos. O preço de cada trajeto é de R$ 14,65. A frequência de saídas é de trinta minutos durante os dias de semana e em fins de semana e feriados o tempo de espera pode chegar a quarenta minutos. Domingos e feriados, quando a orla é fechada para área de lazer, o itinerário de ida do Galeão para Alvorada é realizado pelas ruas: Barata Ribeiro, Raul Pompéia, Av. Rainha Elizabeth, Prudente de Morais e Av. Gen. San Martin. Confira o mapa do trajeto e também os pontos de interesse abaixo.

Pontos de interesse da linha 2018

Pontos de interesse da linha 2018

Trajeto da linha 2018 (clique para ampliar a imagem)

Trajeto da linha 2018 (clique para ampliar a imagem)

Todas as ruas do itinerário da linha 2018

Todas as ruas do itinerário da linha 2018

Linha 2918

Esta linha liga o Galeão à Barra da Tijuca passando pela Linha Amarela. As saídas do aeroporto funcionam das cinco horas e trinta e cinco minutos da manhã às vinte e três horas e trinta minutos no sentido aeroporto – Alvorada (Barra da Tijuca). No sentido contrário as saídas operam das cinco horas e trinta e cinco minutos da manhã às vinte e três horas. O preço de cada trajeto é de R$ 14,65. A frequência de saídas é de quarenta minutos durante os dias de semana e em fins de semana e feriados o tempo de espera pode chegar à uma hora. Confira o mapa do trajeto e também os pontos de interesse abaixo.

Pontos de interesse da linha 2918

Pontos de interesse da linha 2918

Trajeto da linha 2918 (clique para ampliar a imagem)

Trajeto da linha 2918 (clique para ampliar a imagem)

Todas as ruas do itinerário da linha 2918

Linha 2145

Esta linha liga o Galeão ao aeroporto Santos Dumont. As saídas do Galeão funcionam das cinco horas e trinta minutos da manhã às vinte e uma horas e trinta minutos. No sentido contrário (Santos Dumont – Galeão) as saídas operam das cinco horas e vinte minutos da manhã às vinte e duas horas e trinta minutos. O preço de cada trajeto é de R$ 12,80. A frequência de saídas é de vinte e cinco minutos durante os dias de semana e em fins de semana e feriados o tempo de espera pode chegar a trinta e cinco minutos. Confira o mapa do trajeto e também os pontos de interesse abaixo.

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Pontos de interesse da linha 2145

Trajeto da linha 2145 (clique para ampliar a imagem)

Trajeto da linha 2145 (clique para ampliar a imagem)

Todas as ruas do itinerário da linha 2145

Linha 2101

Esta linha liga o Galeão ao aeroporto Santos Dumont, mas diferente da linha 2145, esta não tem paradas. É a linha expressa. As saídas do Galeão funcionam das seis horas e cinquenta minutos da manhã às dezoito horas e dez minutos. No sentido contrário (Santos Dumont – Galeão) as saídas operam das seis horas da manhã às dezenove horas. O preço de cada trajeto é de R$ 12,80. Para saber sobre a frequência de saídas ligue para (21) 3194-3030. Confira o mapa do trajeto abaixo.

Trajeto da linha 2101 (clique para ampliar a imagem)

Trajeto da linha 2101 (clique para ampliar a imagem)

Todas as ruas do itinerário da linha 2101

Todas as ruas do itinerário da linha 2101

As linhas de ônibus executivos têm seus itinerários passando pelos seguintes hotéis: Centro: Center Hotel, Formule 1, Ibis, Windsor, Guanabara Palace. Glória: Golden Park e Magic Palace Hotel. Flamengo: Flamengo Palace, Novo Mundo e Hotel Beija-Flor. Copacabana: Califórnia Othon, Copacabana Palace, Golden Tulip Regente, JW Marriot, Merlin Copacabana Hotel, Olinda Hotel, Rio Othon Palace, Sofitel Copacabana, Tulip Inn Copacabana e Windsor Atlântica. Ipanema: Arpoador Inn, Fasano, Sol Ipanema, Everest Park, Ipanema Inn, Caesar Park e Praia Ipanema. Leblon: Marina Palace, Marina Rio, Rio Sheraton, Paradiso All Suite. São Conrado: Royal Tulip Rio (Intercontinental). Barra: Rio Hotel Residence, Hotel Residência Marapendi, Brisa Barra Hotel, Barra Royal Plaza, Barrabella Hotel, Next Barra Prime, Sheraton Barra Hotel, Windsor Barra, Barra Palace, Hotel Sol da Barra, Hotel Praia Linda, Royalty Barra Hotel, Tropical Barra Hotel e Promenade All Suites.

BRT (Bus Rapid Transit)

O BRT é a ligação rápida e barata entre o Galeão e a Barra da Tijuca. O preço de cada trajeto sai por R$ 3,40 e a forma de pagamento é somente com RioCard que pode ser adquirido ao preço de R$ 1,00 no guichê do BRT que fica no piso de desembarque do aeroporto.

Guichê do BRT no piso de desembarque

Guichê do BRT no piso de desembarque

Ao devolver o cartão em bom estado o valor de R$ 1,00 é reembolsado. O tempo de viagem médio do trajeto é de uma hora e trinta minutos. A linha funciona todos os dias da semana durante vinte e quatro horas por dia. O tempo de espera na estação pode chegar até vinte minutos. Veja abaixo o mapa com as estações de parada.

Mapa do BRT Trasncarioca (linha Alvorada X Galeão - laranja)

Mapa do BRT Trasncarioca (linha Alvorada X Galeão – laranja)

estação do BRT no Galeão - piso de desembarque

estação do BRT no Galeão – piso de desembarque

Ônibus Urbano (Ônibus de Linha)

Existem três linhas de ônibus circular que partem do aeroporto do Galeão, sendo que duas delas (linhas 924 e 925) circulam apenas dentro da Ilha do Governador. A linha 915 liga o aeroporto ao bairro de Bonsucesso. Todas elas têm o preço de R$ 3,40. Veja os itinerários nos mapas abaixo.

Itinerário linha 924 (clique para ampliar)

Itinerário linha 924 (clique para ampliar)

Itinerário linha 925 (clique para ampliar)

Itinerário linha 925 (clique para ampliar)

Itinerário linha 915 (clique para ampliar)

Itinerário linha 915 (clique para ampliar)

Ponto de parada dos ônibus no piso de embarque

Ponto de parada dos ônibus no piso de embarque

Aeroporto do Galeão – Niterói

O ônibus 1761D liga o aeroporto do Galeão a cidade de Niterói, mais exatamente ao bairro de Charitas pelo preço de R$ 6,70. Veja o trajeto abaixo.

1761d

Itinerário linha 1761D (clique para ampliar)

Transfers

As empresas ShuttleRio e SulTransfer oferecem serviços de transfers para o aeroporto do Galeão, sendo que a primeira tem preços bem mais atrativos. Consulte preços pelos links acima.

Gostou do post? Deixe suas dicas de como se transportar de forma barata durante suas viagens.

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Tudo que você sempre quis saber para passar pela Alfândega sem medo – Entrevista com Fiscal da Receita Federal do Aeroporto de Guarulhos

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Quem conhece nosso blog sabe que viagens de compras não passam nem perto do nosso perfil de viajante. Por vontade própria nunca fui a meca das compras que é Miami, mas já passei pela terra dos outlets uma vez, viajando a trabalho. Mesmo odiando o ambiente de shoppings fiz minhas comprinhas na época que um dólar valia apenas um real e oitenta centavos. Comprinhas mesmo, porque a minha mala era de longe a menor no voo de volta ao Brasil. Naquele momento eu era totalmente ignorante sobre os trâmites de declarações na alfândega brasileira e ao desembarcar fui parado para inspeção de bagagem. Por sorte não precisei pagar nada a Receita Federal. Mas e você sabe o que deve ou não ser declarado? Para tirar as suas dúvidas e de milhares de viajantes fizemos uma entrevista exclusiva com um fiscal da Receita Federal que trabalha no aeroporto de Guarulhos. Por questões pessoais ele não quis revelar seu nome, mas deixa todas as dicas para passar pela alfândega sem medo e livre de problemas.

Tire todas suas dúvidas na hora de prestar contas com o Leão

Tire todas suas dúvidas na hora de prestar contas com o Leão

1) Quais são os limites do que se pode legalmente trazer? Há diferença se a entrada é via área ou terrestre?

Inicialmente a fiscalização da Receita Federal na alfândega, junto com outros órgãos, visa o combate a ilícitos transfronteiriços, como tráfico de drogas, armas, medicamentos, contrabando, descaminho e etc. A tributação de bens que excedam a cota é apenas um dos trabalhos da Receita Federal na Alfândega.

A diferença quanto à entrada via aérea e terrestre é basicamente apenas quanto ao valor da cota de isenção de produtos importados – em dólar ou equivalente em outra moeda. Via aérea (ou marítima): US$ 500.00 e via terrestre (lacustre ou fluvial): US$ 300.00. Destaco que o direito da isenção só pode ser exercido uma vez a cada 30 dias.

Além da cota de isenção de produtos importados, o viajante deve também respeitar os limites quantitativos. Máximo de 20 unidades de um produto acima de US$10.00, desde que não haja mais do que 3 unidades idênticas, e máximo de 20 unidades de um produto de valor inferior a US$10.00 com no máximo 10 repetidas. Portanto você não pode trazer na bagagem mais de 20 bonés da mesma marca. E se trouxer 15 bonés do mesmo modelo, no máximo 10 poderão ser idênticos (levando-se em conta que um boné custa menos de US$ 10).

Bebidas alcoólicas, cigarros, charutos, cigarrilhas e fumo possuem limites próprios:

– bebidas alcoólicas: 12 litros no total;

– cigarros: 10 (dez) maços no total, contendo cada um, 20 (vinte) unidades;

– charutos ou cigarrilhas: 25 (vinte e cinco) unidades no total;

– fumo: 250 gramas no total;

Assim você não pode trazer do exterior na bagagem 14 litros de bebida alcoólica mesmo que a nota fiscal mostre um valor inferior a US$ 500.

Além da cota de isenção de imposto sobre produtos importados de US$ 500, o viajante tem direito a compras também isentas de impostos no valor máximo de mais US$ 500 feitas em lojas francas. Aproveito para lembrar que a cota de isenção de compras efetuadas em lojas francas (free shops) é apenas para compras efetuadas em lojas após o desembarque do passageiro. Assim qualquer compra na saída do passageiro do Brasil ou em lojas francas em outros países entram nas regras da bagagem acompanhada, conforme informadas e não se beneficiam da isenção de US$500.00 do “free shop”.

Qualquer valor acima de R$10.000,00 (ou equivalente em outra moeda), tanto na saída quanto na entrada do país, deve ser declarado.

2) O que é isento e o que devo declarar? Afinal pode-se trazer celular, câmara, e iPad?

São isentos os bens utilizados na viagem de acordo com as circunstâncias da viagem; incluídos uma máquina fotográfica, um celular e um relógio de pulso, lembrando que apenas um de cada e utilizados na viagem. Computador e iPad novos serão tributados. Por exemplo, você pode viajar sem nenhuma máquina fotográfica, comprar uma máquina fotográfica durante sua viagem aos EUA, usá-la durante a viagem e quando voltar ao Brasil ela não será tributada. O mesmo vale para o celular.

Ao ingressar no País, o viajante procedente do exterior deverá dirigir-se ao canal “bens a declarar” quando trouxer: bens acima de cota de isenção de US$ 500.00 e independentemente do valor se a bagagem tiver: animais, vegetais, ou suas partes, produtos de origem animal ou vegetal, inclusive alimentos, sementes, produtos veterinários ou agrotóxicos; produtos médicos, produtos para diagnóstico in vitro, produtos para limpeza inclusive os equipamentos e suas partes e instrumentos e materiais, os destinados à estética ou ao uso odontológico, ou materiais biológicos; medicamentos ou alimentos de qualquer tipo; inclusive vitaminas e suplementos alimentares, excluindo os de uso pessoal; armas e munições; bens destinados à pessoa jurídica ou outros bens que não sejam passíveis de enquadramento como bagagem, bens que devam ser submetidos a armazenamento para posterior despacho no regime comum de importação (como as acima do limite quantitativo), bens sujeitos ao regime aduaneiro especial de admissão temporária, nos termos do art. 5º, quando sua discriminação na e-DBV for obrigatória (por exemplo, equipamentos utilizados em um show de rock que não ficarão no país); valores em espécie em montante superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou seu equivalente em outra moeda.

O passageiro poderá dirigir-se ao canal “bens a declarar”, caso deseje obter documentação comprobatória da regular entrada dos bens no País, como por exemplo, para não ser tributado caso saia do país novamente com o bem e entre novamente com o mesmo bem (por exemplo, no caso de computadores portáteis de valor inferior a US$500,00).

Escolha o corredor correto para evitar problemas

Escolha o corredor correto para evitar problemas

3) Sobre qual valor devo recolher  o imposto? Sobre o total ou sobre o que exceder o teto da cota?
A alíquota do imposto de importação é de 50% sobre o que exceder o limite de US$500,00 de isenção. Caso o passageiro não tenha declarado o bem e for pego, além do imposto terá que recolher multa de 50% do que exceder dos US$500,00 de isenção. Essa multa será reduzida para 25% se houver pagamento nos primeiros 30 dias após a chegada ao Brasil.

Exemplo: Notebook no valor de US$ 1.500,00 que excede a cota de isenção e deve ser declarado.

Bens a declarar

Ao declarar o imposto é calculado da seguinte maneira: US$ 1500,00 (valor do bem) – US$ 500,00 (cota de isenção) = US$ 1.000,00 * 50% = US$ 500,00 de imposto a ser pago.

Nada a declarar

Mesmo tendo que declarar o bem que ultrapassou o limite da cota de isenção você escolheu o corredor de “Nada a declarar” e foi fiscalizado e pego pela Receita Federal.

Terá que recolher o imposto: US$ 1500,00 (valor do bem) – US$ 500,00 (cota de isenção) = US$ 1.000,00 * 50% de imposto = US$ 500,00

Terá também que recolher uma multa: US$ 1500,00 (valor do bem) – US$ 500,00 (cota de isenção) = US$ 1.000,00 * 50% de multa = US$ 500,00. Se a multa for recolhida nos primeiros 30 dias, o valor será reduzido para 25%, neste caso US$ 250.

4) Crianças também tem cota?
Crianças, independente da idade, possuem os mesmos direitos e obrigações dos demais viajantes – inclusive a cota de isenção no valor de US$500.00 (via aérea). Destaco apenas que menores de 18 anos não podem trazer cigarros e bebidas, mesmo que acompanhados.

5) É importante que eu traga as notas das compras? 

Sim. A apresentação das notas de compras facilita a valoração dos bens, especialmente dos comprados em promoção ou que receberam algum desconto específico.

6) Se não declarar e for pego, qual o valor da multa? 

A multa é de 50% sobre o valor que estiver acima da isenção. Caso seja recolhida no período de até 30 dias, será reduzida para 25%. Destaco que, até o recolhimento, os bens ficam retidos na Receita Federal.

7) Como é feita a retirada após o recolhimento da multa?

No Aeroporto Internacional em Guarulhos, a retirada dos bens será no terminal que aconteceu a retenção de segunda a sexta, das 14:00 às 16:00 horas.

8) Em qual situação os bens podem ser retidos?

As maiores ocorrências de bens retidos são quando os bens possuem finalidade comercial ou quando são proibidos pela legislação brasileira. Além da retenção, o passageiro poderá ser enquadrado em algum crime previsto no código penal, como o contrabando, descaminho, crime contra saúde pública.

9) Se for pego ficarei com a ficha suja na polícia?

O banco de dados da Receita Federal apresenta o histórico de cada passageiro. Quanto aos dados relacionados à Polícia Federal, o passageiro terá antecedentes criminais se cometer algum ilícito penal como, por exemplo, contrabando ou tráfico de drogas.

10) Posso ficar impedido de fazer viagens internacionais?
Não.

11) Toda vez que sair do país e voltar serei fiscalizado?

Não necessariamente, se já foi parado para ser fiscalizado, será sempre parado.

12) Como é o comportamento dos viajantes com o fiscal?

Muito respeitoso. A maioria dos passageiros sabe da importância da fiscalização para o país.

13) As companhias aéreas informam dados dos passageiros à Receita Federal?

Por determinação da legislação brasileira, as companhias aéreas terão que informar a Polícia Federal dados sobre seus passageiros em viagens internacionais. Os dados são repassados aos órgãos responsáveis pela fiscalização aduaneira, inclusive à Receita Federal.

14) A escolha de quem vai ser fiscalizado é aleatória?

Em regra, é aleatória. Contudo, as informações fornecidas pelas companhias aéreas são utilizadas por sistemas de inteligência e cruzamento de dados. O objetivo é dar ao passageiro comum um tratamento ágil e punir passageiros que aproveitam viagens internacionais para fazer comércio, transportar valores ilegalmente ou traficar drogas, armas e medicamentos.

15) Quais são os motivos que levam o fiscal a desconfiar de um viajante?  

Este tipo de informação não pode ser divulgado a fim de não facilitar o trabalho dos infratores.

16) Existe uma lista negra de passageiros reincidentes na prática de contrabando?

Não existe lista negra. O que existe é um sistema de inteligência que analisa informações de passageiros em busca de possíveis infratores.

17) Voos vindos dos EUA, mais especificamente de Miami e Orlando, são mais fiscalizados?

Não. Conforme já mencionado o trabalho da Receita Federal não é só coibir a entrada no país de bens com destinação comercial como bagagem ou realizar tributação, mas também tráfico de drogas, armas e medicamentos.

18) Quais são as mercadorias que são mais comumente apreendidas pela alfândega?

A maioria das retenções é de produtos que tem finalidade comercial e não podem ser trazidos como bagagem.

19) Quais são as mercadorias que devem ser registradas antes de sair do Brasil? E necessário fazer isto com câmeras, celulares, notebooks e iPads?

Não há registro de saída de bens levados como bagagem. Para evitar tributação quanto retornar do país, o passageiro deve portar a Nota Fiscal de compra no Brasil desse produto ou o documento de regular importação.

20)  Mercadoria do free shop adquirida no Brasil entra na cota? E as compradas no free shop de outros países?

A cota de isenção de compras efetuadas em lojas francas é apenas para compras efetuadas em lojas após o desembarque do passageiro. Assim qualquer compra na saída do passageiro do Brasil ou em lojas francas em outros países entram nas regras da bagagem acompanhada, conforme informadas, e não se beneficiam da isenção de US$500.00 do “free shop”.

Declaração de Bagagem acompanhada (frente)

Declaração de Bagagem acompanhada (frente)

Declaração de Bagagem acompanhada (verso)

Declaração de Bagagem acompanhada (verso)

A declaração de bagagem acompanhada não é mais feita em papel (as imagens acima são só uma ideia da perguntas do formulário). O Viajante pode fazer sua declaração pela internet num dos terminais de computador disponibilizados pela Receita Federal no desembarque ou pelo celular através do App Viajantes.

21) Quando uma roupa é considerada como de uso pessoal?  Posso comprar a vontade se forem roupas do meu tamanho e estiverem usadas na mala? 

São isentas as roupas usadas e compatíveis com as circunstâncias e duração da viagem. Entrarão no cálculo do valor tributável as novas, inclusive as que serão presenteadas.

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TOP 10 Grécia – Lugares Inesquecíveis

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A Grécia é um país que conhecemos bem durante nossa Viagem de Volta ao Mundo. Foram vinte e cinco dias em terras helênicas curtindo o verão. Se levarmos em conta que a superfície terrestre do país é equivalente a metade da área do estado de São Paulo, neste quase um mês vimos as principais belezas que há séculos encantam viajantes de todo o mundo. Neste post listamos o que acreditamos ser o TOP 10. Em nossa lista existem alguns lugares que ainda não conhecemos, o que nos faz sonhar em mais uma vez atravessar o Atlântico para ver de perto praias que de tão belas muita gente duvida que possam existir de verdade.

1) Zakynthos – Navagio Beach

Esta praia na ilha de Zakynthos é a síntese da estonteante beleza das praias gregas. A água tem um azul tão intenso que parece fosforescente. Quem nunca visitou o lugar, fala de boca cheia que as fotos são todas obras de Photoshop. Afinal uma água desta cor não pode existir na natureza. Mas chegando ao local qualquer um pode verificar in loco que a obra da mãe natureza definitivamente não precisa de recursos de tecnologia para irradiar seu encanto. Acreditem, é real.

A cor da água não é Photoshop

A cor da água não é Photoshop

2) Santorini

Santorini é um museu com obras de arte de dois artistas. A natureza tem como obra principal uma lagoa (caldeira) de água salgada formada por uma erupção vulcânica que um dia fez parte da ilha desmoronar. A cor é tão penetrante e intensa que para mim a tradução do azul pode ser feita em uma imagem: a água da caldeira. O segundo artista com obras neste museu é o ser humano. Casinhas de um branco imaculado que faz inveja ao mais alvejado lençol do melhor hotel cinco estrelas, com tetos pintados de um azul que se confundem com a cor da água por si só já seriam uma obra digna de um Picasso. Agora imaginem estas casinhas penduradas em penhascos de 300 metros de altura admirando o mar a sua frente. É paisagem de quadro de Van Gogh.

Combinação perfeita:o azul da água da caldeira e o branco das casinhas

Combinação perfeita:o azul da água da caldeira e o branco das casinhas

3) Meteora

Apesar da beleza única das praias gregas, nem só de praia vive o turismo helênico. Ainda pouco conhecidos dos brasileiros os monastérios de Meteora são um atração sem igual no mundo. Montanhas de rochas maciças que depois de esculpidas durante 60 milhões de anos pelo vento e pela água tomaram-se formas finas como um dedo que aponta para o céu. Acrescenta-se ao topo destas montanhas, monastérios da igreja ortodoxa com obras de arte impressionantes em que até bem pouco tempo o acesso se dava apenas por içamento de cordas ou redes e você tem um lugar que ficará em sua memória eternamente.

Monastérios pendurados nas rochas finas como agulhas

Monastérios pendurados nas rochas finas como agulhas

4) Kefalonia

Esta é mais uma ilha que nos faz ficar boquiaberto. Assim como Zakynthos aqui também existe uma praia de águas azuis fosforescentes, é Myrthos. O acesso a praia é feito de carro, diferente de Navagio onde só se chega de barco. Myrthos também não tem um navio encalhado em suas finas e alvas areias e nem um penhasco que a isola do mundo como sua irmã gêmea. Por isso apesar de sua beleza idêntica, não consideramos que tenha o mesmo charme da vizinha de Zakynthos. Para compensar Kefalonia nos reserva o incomparável deslumbramento da Gruta Melissani. Uma caverna cheia da água mais cristalina que você possa imaginar que se torna ainda mais transparente com o sol incidindo diretamente. E pasmem você pode navegar por ela. Na dúvida visite as duas ilhas. São dos colírios para os olhos e sem contra indicações.

Qual é mais bela: a Gruta de Melisani

Qual é mais bela: a Gruta de Melisani

ou a praia de Myrtos?

ou a praia de Myrtos?

5) Atenas

Atenas merece uma visita só pelo fato de ser o berço da democracia, mas engana-se quem pensa que a cidade se resume a isso. Muitas outras atrações fazem do local um must. Destacamos o Parthenon, o Museu Arqueológico que até eu que não sou fã de museus, gostei. Tem também o Museu de Acrópoles, a própria Acrópoles onde estão: o já citado Parthenon, o Odeon de Herodes, Erecteion com suas belíssimas Caríatides, Propylea que é o portão de entrada de Acrópoles e o Teatro de Dionísio. Ainda em Atenas você pode ver as gigantescas colunas do Templo de Olimpo Zeus, o Parlamento, a engraçadíssima Troca da Guarda e o Estádio Olímpico construído todo em mármore em 566 a.c. e usado para primeira Olímpiada da Era Moderna em 1896. São atrações todos os gostos.

A tradicional vista de Acropolis

A tradicional vista de Acropolis

6) Mykonos

A despeito de suas paradisíacas praias, Mykonos é muito mais conhecida pela badalação e festas que rasgam noite adentro de segunda a segunda. Só para se ter uma ideia, a ilha poderia ser chamada de a Ibiza grega. Muitas celebridades e o jet set mundial tem casas de veraneio por lá. Os mais desavisados podem estranhar as praias vazias às nove da manhã mesmo com um dia ensolarado. Os primeiro banhistas chegam por volta do meio dia ainda com cara de ressaca da noite anterior. É pouco depois deste horário que a música alta começa e em poucos minutos todos estão dançando em cima das mesas dos bares. Isso dura até o cair da noite quando as festas saem das praias e invadem as dezenas de casas noturnas da ilha. Mykonos também é conhecida como o paraíso GLBT.

Praia de Agrari em Mykonos

Praia de Agrari em Mykonos

7) Creta

A maior das ilhas gregas, quase tão longa quanto a Sardenha foi o local de nascimento de Zeus, o pai dos Deuses e dos homens. Em Creta também se criou uma das maiores lendas gregas. A lenda do Minotauro, ser metade touro e metade homem. Acredita-se que o labirinto no qual o Minotauro foi aprisionado era na verdade o Palácio de Knossos cujas ruínas resistem até os dias de hoje mostrando sua complexa arquitetura semelhante à de um labirinto. A ilha ainda tem diversos sítios arqueológicos, as belas praias de Efalonisi, Falasarna e Balos e o trekking pelo desfiladeiro de Samaria.

Balos (Goto do site gochania.com)

Balos (Goto do site gochania.com)

Praia de Elafonisi (foto do site chaniapost.eu)

Praia de Elafonisi (foto do site chaniapost.eu)

8) Lefkada

Definitivamente as ilhas Jônicas tem uma beleza natural muito maior que suas primas famosas, as ilhas Cíclades que tem Santorini e Mykonos como grandes ícones. Infelizmente Lefkada nasceu numa família de ilhas top model e suas irmãs Zakynthos e Kefalonia brilham muito mais do que ela. Tivesse a sorte de estar localizada em qualquer outra parte do litoral do planeta, este nome um tanto estranho já estaria em todas as capas de revista de turismo. Azar de quem ainda não conhece as praias de Agiofili, Agios Nikitas, Egremni, Kathisma, Milos, Porto Katsiki e Sivota. Vocês não sabem o que estão perdendo.

Praia de Egremni

Praia de Egremni

9) Milos

A ilha de espetacular beleza natural é mais conhecida por uma obra de arte que não é da mãe natureza. Reza à lenda (a verdadeira história é um mistério) que um camponês grego encontrou a estátua da Vênus de Milos durante uma escavação. Rapidamente toda ilha ficou sabendo do achado, inclusive um cadete francês. Como um rastilho de pólvora a história chegou à embaixada francesa e depois a França propriamente dita e não tardou para que o marinha francesa enviasse um navio com ordens expressas para levar a estátua à Paris. Durante uma briga com os gregos pela posse do novo tesouro os braços da estátua teriam sido quebrados e ela permanece assim até hoje exposta no museu do Louvre. Mas em compensação as obras de arte naturais estão lá para todo mundo se maravilhar inclusive os próprios franceses. Firopotamos, Gerakas, Glaronissia, a ilha vizinha de Kimolo, as incríveis formações de Kleftiko, a vila de Kilma, as exóticas praias de Papafragas e Sarakiniko, tudo, exatamente tudo que vimos em Milos é assustadoramente belo.

As incríveis formações de Kleftiko (Foto do site en.protothema.gr)

As incríveis formações de Kleftiko (Foto do site en.protothema.gr)

10) Cabo de Sounion

O cabo de Sounion fica a pouco menos de setenta quilômetros de Atenas e tem um templo, ou ruínas de um templo dedicado a Poseidon o rei dos mares. O que restou do templo é belíssimo. Imaginem aquela bela arquitetura com todas suas colunas gigantescas e intactas. Além do tempo você tem uma espetacular vista do Mar Egeu com seu azul anil inconfundível. Se puder fique para o por do sol, dizem que é inesquecível.

Templo de Poseidon como belo mar Egeu ao fundo

Templo de Poseidon como belo mar Egeu ao fundo

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Opera House – Sydney – Arquitetura Espetacular

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Hoje inauguramos uma nova série em nosso blog. Depois de mostrarmos dezenas de Lugares Únicos no Mundo resolvemos exaltar as belezas arquitetônicas de nosso planeta. E não poderíamos começar a série de forma melhor. Além da beleza incontestável, a Sydney Opera House tem uma história que mais se parece uma tragédia grega. Conheça todos os detalhes da arquitetura e da saga que foi a construção deste edifício que é a cara da Austrália.

No fim de 1954 JJ Hon (Joe) Cahill, Premier de New South Wales convoca uma conferência para discutir o estabelecimento de uma casa de ópera em Sydney. Em maio de 1955 o governo anuncia que o edifício será construído em NSW Bennelong Point. No segundo mês de 1956 um programa e as diretrizes para uma competição internacional para uma casa de ópera nacional em Sydney são liberados.

Onipotente e onipresente na baía de Sydney

Onipotente e onipresente na baía de Sydney

Na desconhecida Hellenbaek (Dinamarca) o não menos obscuro Jørn Utzon, arquiteto de 38 anos de idade concebe seu design e se inscreve no concurso no fim do mesmo ano enviando 12 desenhos para Sydney. Em dezembro as inscrições são encerradas com 233 inscritos de todo o mundo. O inscrito número 218 foi o escolhido por um júri de quatro experts. Reza a lenda que Eero Saarinen chegou atrasado para o julgamento e recuperou os desenhos de Utzon que já haviam sido descartados pelos outros jurados. Entrevistado na conclusão do julgamento, mas antes do anúncio do vencedor, Leslie Martin deu a entender quem seria o vencedor: “Nós olhamos para uma obra monumental … o projeto da casa de ópera tinha que ser uma coisa criativa.”

O projeto foi incialmente orçado em 3,5 milhões de libras esterlinas. Jørn Utzon sabe da decisão dos juízes por seu filho que corre pela floresta até a estação ferroviária para encontrá-lo quando ele estava chegando em casa do trabalho. Clique aqui para ver os desenhos originais.

Um dos desenhos originais de Jørn Utzon

Um dos desenhos originais de Jørn Utzon

Entre 1957 e 1959 Utzon viaja para Sydney já que ele havia projetado a Sydney Opera House sem realmente ver o local pessoalmente. Ele também expõe o modelo original na Câmara Municipal como a peça central para a criação do fundo de Loteria Opera House. Utzon apresenta o seu relatório da Sydney National Opera House, conhecido como o “Livro Vermelho”. Este relatório mostra que o projeto original do telhado de forma livre é estruturalmente irrealizável.

Em março de 1959 oficialmente a obra é inaugurada. Em novembro de 1960 Paul Robeson canta para os trabalhadores no local como o primeiro concerto não oficial. Em janeiro de 1962 Utzon apresenta “Livro Amarelo” que contém 38 páginas de planos, cortes e alçados apresentados por ele e consultores. Ele inclui planos dos salões, as conchas do grande salão, detalhes de uma tampa pré-moldada e a cobertura do telhado em conchas. A capa do “Livro Amarelo” mostra os princípios da geometria esférica determinada no final de 1961: a “Solução Esférica”, que foi aprovada para construção em 1962. Dois meses depois surge uma nova “Solução Esférica” diferente. Durante os próximos cinco anos Utzon, em conjunto com Arup, desenvolve diferentes soluções para um telhado que na prática não se sustentava. O desenvolvimento do projeto do telhado foi um processo difícil e demorado e como acontece com grande parte do trabalho Sydney Opera House exigiu o máximo das habilidades dos envolvidos e forçou a tecnologia da época ao limite. Em fevereiro de 1963 o pódio está construído.

Não foi fácil fazer estas conchas levitarem no ar

Não foi fácil fazer estas conchas levitarem no ar

Depois de tanto esforço todo mundo quer uma foto com ela

Depois de tanto esforço todo mundo quer uma foto com ela

Até a Amélie

Até a Amélie

A fase 2 começa logo após o término do pódio. O telhado em forma de concha era algo inimaginável para época. Os enormes desafios na construção exigiram aplicações pioneiras e muitos materiais e práticas de construção e engenharia inovadoras. Utzon queria que as conchas do teto contrastassem com o profundo azul do céu australiano como nuvens ou velas na água. Para alcançar este efeito as peças precisariam ser polidas, mas não refletoras como espelho. Utzon encontrou exatamente o que queria no Japão, tigelas de cerâmica. Três anos de trabalho pela Höganäs da Suécia produziu o efeito Utzon queria no que ficou conhecido como a telha de Sydney, 120 milímetros quadrados, feita de barro com uma pequena percentagem de brita. As telhas são auto limpáveis e estão sempre brancas, resultado das chuvas que as lavam e do ângulo de inclinação que não deixa poeira depositada. No total existem 1.056.006 telhas no telhado.

Algumas das mais de 1 milhão de telhas de Sydney

Algumas das mais de 1 milhão de telhas de Sydney

Em 1965 Utzon tem seus pedidos de verbas para construção da fase 3 negados e para piorar o partido Trabalhista (idealizador do projeto) perde as eleições. Em fevereiro de 1966 Utzon se retira do projeto apresentando uma carta de retirada a Davis Hughes, Ministro das Obras Públicas. No mês seguinte 1000 pessoas marcham na State Parliament House exigindo a reintegração de Utzon. Em abril Davis Hughes nomeia um novo painel de arquitetos australianos para completar a Sydney Opera House: Peter Hall (responsável pelo design), DS Littlemore (responsável pela supervisão), Lionel Todd (encarregado de documentos) e EH Farmer (Arquiteto Chefe do NSW e presidente do painel). Em janeiro do ano seguinte a fase 2 é concluída com a instalação do último (2194º) pré-moldado. Em dezembro de 1972 a Orquestra Sinfônica de Sydney, conduzida por Sir Bernard Heinze, faz um concerto teste no Concert Hall. A audiência compreende trabalhadores da construção civil e suas famílias e também inclui críticos de música.

Em julho de 1973 antes mesmo da inauguração as visitas guiadas começam para permitir que as pessoas conheçam o prédio antes das performances públicas. No período de 01 de julho de 1973 a 30 de junho de 1974 mais de meio milhão de pessoas visitam a Sydney Opera House. Em julho do mesmo ao acontece o primeiro evento teste. Em setembro depois de quase vinte anos de sua concepção a Sydney Opera House é oficialmente aberta ao público com uma produção de Guerra e Paz de Prokofiev, no Teatro de Ópera. A apresentação inaugural no Concert Hall é na noite seguinte com um programa wagneriano executado pela Orquestra Sinfônica de Sydney. A orquestra é conduzida por Charles Mackerras e a soprano sueca Birgit Nilsson é a solista. Em outubro a rainha Elizabeth II abre a Sydney Opera House na presença do duque de Edimburgo atendendo ao Concerto de Gala da 9ª Sinfonia de Beethoven com a Orquestra Sinfônica de Sydney. Ela também participa de um segundo concerto onde é tocado A Flauta Mágica. A Sydney Opera House abre com quatro salas de desempenho principais: o Concert Hall com capacidade para 2679 pessoas, o Teatro Opera para 1505 pessoas, o Drama Theatre com 544 assentos e a Sala de Música (posteriormente renomeada Playhouse) com 398 lugares. Há uma sala de exposições (agora sanitários no salão ocidental), uma sala de gravação (agora o Studio) e uma sala de recepção (agora a sala Utzon), bem como cinco salas de ensaio, dois restaurantes, seis bares de teatro e extensos lobbies.

Não cansamos de admirar a beleza de suas curvas

Não cansamos de admirar a beleza de suas curvas

Em maio de 1979 o grande órgão do Concert Hall é inaugurado. O órgão tem mais de 10.000 tubos, dos quais 109 são visíveis a partir do auditório. Há 200 fileiras de tubos agrupados em conjuntos de 127. O idealizador do instrumento informou que o órgão não iria tocar seu melhor som por dois ou três anos, ou até que ele tinha sido afinado e ajustado em seus milhares de tubos.

Em outubro de 1984 é comemorado o 10º aniversário da Sydney Opera House. Em 1986 começa a transformação da praça de entrada. Quando Jørn Utzon apresentou os projetos para a Sydney Opera House, ele previu uma praça aberta que conduz ao principal lance de degraus. Foi para fornecer uma visão desobstruída de seu crescente conceito arquitetônico. Durante os primeiros 12 anos de suas operações no entanto, a praça era um parque de estacionamento que destoava da obra e nunca era aberta ao público. Uma monstruosidade em termos estéticos. A filha de Jørn Utzon, Lin, inaugura uma placa geométrica da praça. Jørn Utzon se diz muito satisfeito com o Governo que decidiu terminar a praça aberta conforme originalmente planejada.

Praça idealizada por Utzon a esquerda

Praça idealizada por Utzon a esquerda

Em agosto de 1992 Jørn Utzon é agraciado com o Prêmio da Fundação Wolf em Artes (Arquitetura), reconhecendo suas qualidades como grande arquiteto. Em 1993 uma placa de bronze homenageando Jørn Utzon é inaugurada na Sydney Opera House por sua filha Lin. Utzon insistiu que a placa não deveria ser sobre si mesmo, mas uma demonstração da solução esférica. Em 1994 a exposição ‘Unseen Utzon’ abre no Sydney Opera House. A exposição revela projetos de Jørn Utzon para o interior do edifício que teriam sido realizados se ele tivesse continuado a trabalhar como arquiteto da Sydney Opera House.

Outra vista da Sydney Opera House

Outra vista da Sydney Opera House

Sydney Bridge escondida pelas conchas

Sydney Bridge escondida pelas conchas

Vista noturna (foto do site Wikipedia)

Vista noturna (foto do site Wikipedia)

Sydney Opera House assistindo a tradicional queima de fogos do Ano Novo (foto wallpaperweb.org)

Sydney Opera House assistindo a tradicional queima de fogos do Ano Novo (foto wallpaperweb.org)

Sydney Opera House durante um show de luzes (Foto: Wikipedia)

Sydney Opera House durante um show de luzes (Foto: Wikipedia)

A exposição mais popular foi a modelagem computacional dos dois grandes salões, agora o Concert Hall e o Teatro de Ópera, criado pelo estudante de arquitetura Philip Nobis a partir de conceitos de Utzon. Em uma carta mostrada na exposição, Utzon escreveu: “É uma história há muito esquecida. O importante é que a Sydney Opera House é um edifício tão amado”. Em 1995 Lin Utzon apresenta modelo de escala do Salão Principal para o Sydney Opera House Trust. Lin diz, em nome do Utzon que era “o sonho que se tornou realidade.”

O que parecia mesmo impossível se tornou realidade

O que parecia mesmo impossível se tornou realidade

Em outubro de 1998 Sydney Opera House celebra seu 25º aniversário que atrai mais de 85.000 pessoas ao local. Em abril do mesmo ano Frank Sartor, o prefeito de Sydney, anuncia que Utzon aceitou o prêmio de “as chaves da cidade de Sydney.” Em agosto de 1999 Utzon é recontratado como consultor de design. A reconciliação é completa. Em 2007 a Sydney Opera House passa a fazer parte da seleta lista dos Patrimônios Mundiais da Unesco. Em novembro de 2008 a Sydney Opera House presta homenagem a Jørn Utzon que morreu tranquilamente em seu sono em Copenhague aos 90 anos.

Amélie caminha pela Sala Utzon

Amélie caminha pela Sala Utzon

O custo final da obra foi de 51 milhões de libras, quase quinze vezes maior que o orçado devido a enorme dificuldade de transpor do papel para a realidade uma obra extremamente inovadora. Alguém tem dúvida que valeu a pena? Segundo o arquiteto americano, Louis Kahn: “O sol não sabia o quão bonito era sua luz, até que foi refletida fora deste edifício.”

As informações deste post são todas do site oficial da Sydney Opera House e colhidas durante nossa visita guiada ao local.

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Convite 49° Encontro dos Viajantes – Galápagos o laboratório natural que inspirou Darwin

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No 49° Encontro dos Viajantes o tema abordado é o sonho de muitos viajantes. A cobiçada Galápagos será destrinchada em todas suas minúcias pelo jornalista especializado em viagens, natureza e esportes de risco, Daniel Nunes Gonçalves que é um travel writer profissional. Daniel tem um blog sobre experiências de diferença cultural (www.samesame.com.br) e organiza o Sarau do Viajante, evento que mistura contação de histórias de viagem com projeção de slides e gastronomia. Só no último ano esteve no Egito, na Etiópia por duas vezes, na Índia, em Pernambuco, em Belo Horizonte, em Roma, em Berlin, em Viena, em Nova York, no Uruguai, na Tailândia, na Islândia, na Nova Zelândia e no Equador. E sobre a experiência de 26 dias nesse último país – sendo 19 dias só em Galápagos – que ele vai falar no Encontro dos Viajantes do próximo dia 23.

convite 49 encontro

Você gosta de viajar?  É aficionado por aventuras e lugares de beleza natural exuberante. Sonha em conhecer Galapágos e a seus animais que tanto encantaram Darwin? Então venha conhecer novos amigos e ter deste destino que encanta dez entre dez viajantes.

Informações Importantes:

Data: 23/05/2015 (Sábado) – #Gratuito #Viajantesnoibis

Horário: 17:00h

Local: Ibis SP Expo Barra Funda – Rua Eduardo Viana, 163 – Barra Funda – São Paulo  

Sintam-se à vontade para chamar amigos e conhecidos para o Encontro.

Equipe Quatro Cantos do Mundo 

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Casa Milá (La Pedrera) – Barcelona – Arquitetura Espetacular

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Não tem como falar de Arquitetura Espetacular sem falar em Gaudí. Acredito que ele ainda vai aparecer muito nesta série. Não sou arquiteto, nem tenho a pretensão de me fazer conhecedor do tema, mas de beleza eu entendo e na minha modesta opinião Gaudí é o Pelé da arquitetura. Suas obras são de fazer uma pontinha de inveja até em Niemeyer. Minha primeira impressão ao ver de perto a Casa Milá foi um misto de raiva pela minha ignorância (como não sabia da existência de tamanha beleza antes) e espanto com o que parece ser um constante movimento das formas curvilíneas. Você tem a sensação que as paredes e esculturas irão te tocar a qualquer momento. Tivesse chegado ao local após um happy hour com certeza colocaria a culpa de tanto movimento na cerveja. Mas no primeiro horário da manhã pude constatar que o prédio parece mesmo ter vida própria, diria quase um ser vivo. Uma anêmona balançando seus tentáculos ao sabor das ondas do mar.

Vista fronta da Casa Milá ou La Pedrera (foto do site Wikipedia)

Vista fronta da Casa Milá ou La Pedrera (foto do site Wikipedia)

Construída entre os anos de 1906 e 1910, este foi último trabalho civil de Gaudí. Na época gerou muita controvérsia, pois sua fachada de pedras ondulantes e sacadas de ferro forjado retorcido não foram bem aceitas pela sociedade conservadora que a apelidou de La Pedrera (A Pedreira).

As polêmicas sacadas de ferro retorcido

As polêmicas sacadas de ferro retorcido (foto do site Wikipedia)

Desde 1984 faz parte da lista de Patrimônios Mundiais da Unesco. A Casa Milá foi construída para o casal Roser Segimon e Pere Milá. Pere Milà i Camps era um empresário interessado em artes e entretenimento. De uma família burguesa e bastante rico, especialmente após seu casamento com Roser Segimon i Artells. Milá queria se destacar da burguesia de Barcelona. Ao visitar o parceiro de seu pai no negócio de cânhamo, Josep Batlló, durante a construção da Casa Batlló (outra obra que pode entrar para a lista da Arquitetura Espetacular), ele conheceu Gaudí e garantiu ao arquiteto que seu próximo trabalho seria especialmente para ele.

Do telhado da Casa Milá dá para ver ao fundo outra obra prima de Gaudí: A Sagrada Família

Do telhado da Casa Milá dá para ver ao fundo outra obra prima de Gaudí: A Sagrada Família

Milá comprou a casa na esquina da Passeig de Gràcia com Provence em julho de 1905 e em setembro do mesmo ano Gaudí foi contratado para tocar a obra. Decidiram pela demolição do edifício existente, em vez de reformá-lo, como tinha sido feito no caso da Casa Batlló. O edifício foi concluído em dezembro de 1910 e em outubro de 1911 Milá se mudou para lá. Em 1940 Pere Milá morreu e sua esposa Roser Segimon vendeu a propriedade em 1946, mas continuou a viver no piso principal até sua morte em 1964. Em 24 de julho de 1969 a obra de Gaudí recebeu o reconhecimento oficial como um monumento histórico-artístico. Após várias mudanças no projeto de Gaudí e um grande desgaste por falta de manutenção adequada, em 1987 o trabalho de restauração e limpeza da fachada começou após a compra do edifício pela Caixa de Catalunha.

O prédio tem 1.323 m2 por andar em um terreno de 1.620 m2. Gaudí começou os primeiros esboços em sua oficina na Sagrada Família, onde ele concebeu esta casa como uma curva constante, tanto dentro como fora, incorporando múltiplas soluções de geometria formal e elementos de natureza naturalista.

 O Pátio

Casa Milá é o resultado de dois edifícios que são estruturados em torno de dois pátios que fornecem luz para os nove níveis: cave, piso térreo, mezanino, andar principal (ou nobre), quatro andares superiores e um sótão. A cave é a garagem, o andar principal a residência dos Milá (um apartamento de 1.323 m2) e o restante distribuído ao longo de 20 apartamentos para alugar. O esquema resultante tem a forma de um assimétrico “8” por causa da diferente forma e tamanho dos pátios. No sótão foram alojadas as áreas de lavandaria e de secagem, formando um espaço de isolamento do restante do prédio e determinando os níveis do telhado. Uma das partes mais importantes do edifício é o telhado, coroado com claraboias, saídas de escada e chaminés. Todos estes elementos construídos com calcário, mármore quebrado ou vidro têm uma função específica de arquitetura. No entanto, elas se tornaram esculturas reais e integradas ao edifício. A construção é uma entidade única em que a forma do exterior continua para o interior. Gaudí queria que as pessoas que morassem nos apartamentos conhecessem uns aos outros e, portanto, havia apenas um elevador forçando as pessoas a se comunicar uns com os outros em diferentes andares.

Estrutura

Casa Milá tem uma fachada de pedra auto sustentada apoiada por vigas de ferro curvados. Este sistema de construção permite, por um lado, grandes aberturas na fachada que dão luz para os apartamentos e, por outro, a estruturação livre dos diferentes níveis de modo que todas as paredes podem ser demolidas sem afetar a estabilidade do edifício. Isso permite que os proprietários modifiquem o layout interior das casas sem problemas. Gênio é gênio.

Fachada

A fachada é composta de grandes blocos de pedra calcária do Garraf Massif provenientes da pedreira Villefranche. Os blocos foram cortados para acompanhar as ondulações do edifício. A fachada é dividida ao meio como se o revestimento de pedra calcária se movimentasse como ondas para esquerda e direita da fachada. Do sexto andar para cima a fachada muda e os diversos buracos mais parecem escotilhas de navio. E por fim temos o telhado.

A fachada em forma de ondas

A fachada em forma de ondas

Hall e pátios

O edifício tem uma solução completamente original para que o hall de entrada e pátios sejam iluminados e arejados favorecendo a circulação de pessoas no prédio sem a necessidade de luz artificial durante o dia.

O formato da construção garante iluminação natural para todo o prédio durante o dia como pode ser visto na foto

O formato da construção garante iluminação natural para todo o prédio durante o dia como pode ser visto na foto

Imagem noturna do pátio aberto (foto do site Wikipedia)

Imagem noturna do pátio aberto (foto do site Wikipedia)

Interior e portões

Pinturas cobrem as paredes com acesso protegido por um portão de ferro gigante de design atribuído a Jujol. Durante a construção apareceu um problema com relação a garagem já que a nova invenção do automóvel encantava a burguesia. O futuro morador Felix Anthony Meadows, proprietário de Linera industrial, solicitou uma correção na garagem porque o seu Rolls Royce não poderia entrar. Gaudí concordou em remover um pilar na rampa que dava acesso à garagem. Assim Félix que estava estabelecendo um escritório de vendas e fábrica na rua Fontanella  poderia sair para ambos os lados do prédio com seu carro.

Para os andares da Casa Milá, Gaudí usou um modelo de formas quadradas de piso de madeira com duas cores. Para o pavimento hidráulico usou peças hexagonais de motivos oceânicos e azuis que tinham sido originalmente concebidos para a casa Batlló, mas que não tinham sido utilizadas.

O sótão

Como na Casa Batlló, Gaudí usa a técnica do arco da catenária como estrutura de apoio para o telhado. O sótão, onde a lavanderia está localizada, é uma sala arejada apoiada sob um teto de 270 abóbadas parabólicas de diferentes alturas e espaçadas por cerca de 80 cm. O telhado se assemelha tanto as costelas de um animal enorme, como a palma de uma mão, dando ao telhado uma forma muito pouco convencional semelhante a uma paisagem de colinas e vales. A forma e a localização dos pátios foram concebidas com arcos mais altos quando o espaço é mais estreito e arcos mais baixos quando o espaço é mais amplo. Não há simetria alguma neste edifício.

A famosa técnica do arco da catenária (foto do site Wikipedia)

A famosa técnica do arco da catenária (foto do site Wikipedia)

Telhado e chaminés

Sem dúvida a cereja de um bolo delicioso. Assim como a cereja, o telhado obviamente também fica na parte de cima e é o toque especial do edifício. A obra de Gaudí no telhado da La Pedrera foi uma coletânea de sua experiência no Palau Güell, mas com soluções que foram claramente mais inovadoras, desta vez criando formas e volumes com mais corpo e mais destaque.

Isso é um telhado? Não. É um telhado de Gaudí

Isso é um telhado? Não. É um telhado de Gaudí

Na cobertura há seis claraboias/saídas de escada (quatro das quais foram cobertas com cerâmica quebrada e algumas que terminam em dupla cruz típica de Gaudí), vinte e oito chaminés em vários agrupamentos (como as projetadas para Casa Batlló) contorcidas para que a fumaça saia melhor, duas aberturas meio escondidas cuja função é a de renovar o ar do edifício e coroando quatro cúpulas na passarela que circunda este castelo de sonhos. As escadas também abrigam os reservatórios de água; alguns deles são em forma de caracol. Até caixa d´água é diferente por aqui.

Modelo de chaminé retorcido para melhor saída de ar

Modelo de chaminé retorcido para melhor saída de ar

O telhado de La Pedrera por onde se pode caminhar, é chamado de “o jardim de guerreiros” pelo poeta Pere Gimferrer porque as chaminés parecem estar protegendo as claraboias.

Os guerreiros de Pere Gimferrer por todo telhado

Os guerreiros de Pere Gimferrer por todo telhado

Mais guerreiros nos vigiando

Mais guerreiros nos vigiando

Guerreiros de olho na Fabi

Guerreiros de olho na Fabi

Acho um pecado chamar estas obras de arte de chaminé. Tenho certeza que Papai Noel se negaria a entrar por uma delas com medo de quebrá-las.

Papai Noel jamais desceria por esta obra de arte

Papai Noel jamais desceria por esta obra de arte

Escultura ou chaminé? Eu fico com a primeira opção

Escultura ou chaminé? Eu fico com a primeira opção

Todas as chaminés/obras de arte passaram por uma restauração radical, com a remoção: de chaminés adicionadas nas intervenções pós Gaudí, antenas de televisão e outros elementos que degradaram o espaço. A restauração trouxe de volta o esplendor para as chaminés e as claraboias que estavam cobertas com fragmentos de mármore e azulejos de Valência quebrados. Uma das chaminés foi coberta com pedaços de vidro. Dizia-se que Gaudí fez isso no dia após a inauguração do edifício aproveitando as garrafas vazias da festa. A restauração se deu com as bases de garrafas de champanhe do início do século XX.

Cacos de vidro das garrafas de champagne da festa de inauguração

Cacos de vidro das garrafas de champagne da festa de inauguração

Móveis

A decoração do interior do edifício foi alterada várias vezes, tanto a pintura quanto o mobiliário. Gaudí, assim como tinha feito na Casa Batlló, desenhou o mobiliário especificamente para o andar principal. Era parte do conceito “artwork” do modernismo em que o arquiteto assume a responsabilidade por questões globais como a estrutura e a fachada, cada detalhe da decoração, mobiliário, design e acessórios, tais como lâmpadas, pisos e tetos. Este foi outro ponto de atrito com a Sra. Milá. Ela reclamou que não havia parede reta para colocar seu piano Steinway, que gostava de tocar muitas vezes e muito bem por sinal. A resposta de Gaudí foi contundente: “Então toque violino”. O resultado dessas divergências foi a perda do legado decorativo de Gaudí, como móveis do piso principal que foram distribuídos pelo proprietário quando Gaudí morreu. Alguns permanecem em coleções particulares, algumas peças como uma cortina feita de carvalho de 4 metros de comprimento por 1,96 metros de altura você pode ver no Museu do Modernismo Catalão.

Fabi admirando o mobiliário

Fabi admirando o mobiliário

Semelhanças construtivas

Dizem que a inspiração de Gaudí para La Pedrera foi em uma montanha, mas não há consenso sobre qual foi realmente o modelo de tanta inspiração. Joan Bergós pensava que o modelo eram as montanhas Prades. Joan Matamala diferentemente pensou que o modelo poderia ter sido Saint Miquel del Fai, enquanto o escultor Vicente Vilarubias acredita ter sido inspirado pelas falésias Torrent Pareis em Menorca. Outras opções incluem as montanhas de Uçhisar na Capadócia já que Gaudí visitou a área em 1885, fugindo de um surto de cólera em Barcelona. Algumas pessoas dizem que o layout interior da pedreira vem de estudos que Gaudí fez de fortalezas medievais. Imagem que é reforçada pela semelhança de chaminés e dos telhados “sentinela” com um grande capacete.

Grandes capacetes bem de perto

Grandes capacetes bem de perto

Críticas e controvérsias

O estilo pouco convencional do edifício tornou-o alvo de muitas críticas. Ele ganhou o apelido pejorativo de “La Pedrera”. A Casa Milá apareceu em várias revistas satíricas. Joan Junceda apresentou-o como um bolo de Páscoa tradicional por meio de desenhos animados em Patufet. Joaquim Garcia fez uma piada sobre a dificuldade de definição das varandas de ferro forjado em sua revista. Proprietários de imóveis no Passeig de Gracia ficaram zangados com Milá e deixaram de cumprimentá-lo argumentando que o edifício estranho de Gaudí reduziria o preço dos imóveis na área.

Os problemas administrativos

Casa Milà causou alguns problemas administrativos também. Em dezembro de 1907 a Prefeitura parou a obra no edifício por causa de um pilar que ocupou parte da calçada não respeitando o alinhamento de fachadas. Novamente em 17 de agosto de 1908, mais problemas ocorreram quando o edifício superou a altura prevista e as fronteiras de seu canteiro de obras em cerca de 4 metros quadrados. A Prefeitura deu duas opções: uma multa de 100.000 pesetas (cerca de 25% do custo da obra) ou a demolição do sótão e do telhado para diminuir sua altura. A disputa foi resolvida um ano e meio mais tarde em 28 de dezembro de 1909, quando a Comissão certificou que o edifício era monumental e, portanto, não era obrigado a ter uma estrita conformidade com os estatutos.

Concursos

O proprietário apresentou-o no concurso anual de edifícios artísticos do Conselho da Cidade, mas neste ano duas obras foram escolhidas e nenhuma delas era a Casa Milá. Segundo os jurados uma fachada que não estava totalmente acabada não poderia ser considerada no concurso.

Desacordos no projeto

As relações de Gaudí com Roser Segimon deterioraram-se durante a construção e decoração da casa. Havia muitas discordâncias entre eles, um exemplo foi a virgem de bronze del Rosario, que Gaudí queria colocar na frente do edifício em homenagem ao nome da proprietária (Roser Segimon) e que o artista Carles Mani i Roig iria esculpir. A estátua não foi feita, embora as palavras “Marian Ave gratia M completo Tecum Dominus” foram de fato escritas na parte superior da fachada. Os desentendimentos contínuos levaram Gaudí ao tribunal contra Milá para ganhar seus honorários. A ação foi ganha por Gaudí em 1916 e ele doou as 105 mil pesetas que ganhou para caridade, afirmando que “os princípios são mais importante do que dinheiro.” Depois da morte de Gaudí em 1926, Roser Segimon livrou-se da maior parte do mobiliário que Gaudí tinha projetado e instalou novas decorações no estilo Luís XVI. Quando La Pedrera foi adquirida pela Caixa da Catalunha algumas das decorações originais ressurgiram na restauração. Quando começou a Guerra Civil em julho de 1936 os Milá estavam de férias. Alguns pisos do edifício foram coletivizados pelo Partido Socialista Unificado da Catalunha e os Milá foram forçados a fugir para área sobre o domínio de Franco depois de salvar algumas obras de arte.

As informações deste post foram retiradas do site Wikipedia e também coletadas durante nossa visita a Casa Milá.

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Lugares Únicos no Mundo – Milos – Grécia

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A ilha de espetacular beleza natural é mais conhecida por uma obra de arte que não é da mãe natureza. Reza à lenda (a verdadeira história é um mistério) que um camponês grego encontrou a estátua da Vênus de Milos durante uma escavação. Rapidamente toda ilha ficou sabendo do achado, inclusive um cadete francês. Como um rastilho de pólvora a história chegou à embaixada francesa e depois a França propriamente dita e não tardou para que o marinha daquele país enviasse um navio com ordens expressas para levar a estátua à Paris. Durante uma briga com os gregos pela posse do novo tesouro os braços da estátua teriam sido quebrados e ela permanece assim até hoje exposta no museu do Louvre. Mas em compensação as obras de arte naturais continuam lá para todo mundo se maravilhar inclusive os próprios franceses. Praias de águas intensamente azuis, formações rochosas monstruosas dentro do mar e suas casinhas brancas e azuis fazem deste um Lugar Único no Mundo. Tudo, exatamente tudo que vimos em Milos é assustadoramente belo.

"Perdidos" em alguma estrada de Milos

“Perdidos” em alguma estrada de Milos

Localização

A ilha de Milos fica na costa leste da Grécia. Esta ilha faz parte das ilhas Cíclades cujas mais conhecidas são Santorini e Mykonos. Milos mede 13 quilômetros de norte a sul e 23 quilômetros de leste a oeste. É bem pequena territorialmente, mas bastante grande para comportar sua diminuta população de 4500 pessoas.

Como chegar a Milos?

De Ferry Boat

Para chegar a Milos você tem várias opções de ferry boat partindo dos mais diversos lugares. Abaixo a tabela de preços, horários de partida e duração da viagem dos portos mais famosos do país. Não confiem cegamente nestas tabelas, pois na Grécia as coisas mudam muito rapidamente principalmente em se tratando de transportes. Caso o porto de partida não esteja na tabela você pode verificar diretamente no site Ferries da Grécia

Ferries que servem Milos

Ferries que servem Milos

Outra opção é alugar um carro no continente e embarcá-lo no ferry para se locomover na ilha. Os preços de transporte de automóveis nos ferries também podem ser consultados no site Ferries da Grécia. É isso que muitos italianos fazem ao sair de seu país. Esta alternativa dá uma ótima flexibilidade de locomoção nas ilhas gregas.

A vantagem é que o ferry atraca na principal vila da ilha (Adamas) que é repleta de acomodações e restaurantes. Ao desembarcar dezenas de senhoras que alugam quartos estarão a sua espera com fotos de suas acomodações. Basta escolher uma delas e negociar um bom preço.

Não existem ferries internacionais com serviço para Milos.

De avião

Quem preferir e quiser ganhar tempo pode viajar de avião. Os voos que chegam à ilha só partem de Atenas e custam 66 euros, cerca de vinte e cinco por cento mais caro que os ferries. Abaixo tabela de horários dos voos da Agean Airlines ou Olympic Air. O aeroporto de Milos fica a 5 quilômetros de Adamas que é o porto onde chegam os ferries e principal vila da ilha. O meio de transporte disponível entre ambos é o táxi que sai por 30 euros a corrida. Abaixo a tabela com horários de partida, preço e tempo de voos entre Atenas e Milos.

Voos que servem Milos

Voos que servem Milos

Como se locomover em Milos?

Uma vez na ilha, o único meio de transporte público é o ônibus. As rotas concentram a maior parte das saídas de Adamas. Mesmo no verão a frequência é bastante espaçada e muitas vezes você espera muito pela passagem de um ônibus. Os ônibus também não chegam a alguns dos pontos turísticos mais bonitos da ilha. As tarifas variam de acordo com a distância percorrida, mas são bem baratas. Veja tabela com horários abaixo (2013):

Horários de ônibus na ilha

Horários de ônibus na ilha

Uma ótima opção, não só para Milos, mas para todas as ilhas gregas é o aluguel de uma scooter. Baratas e fáceis de estacionar, elas são ideais para locomoções de pequenas distâncias com agilidade e rapidez. Infelizmente diferente das outras ilhas gregas, aqui eles nos exigiram habilitação para motos (categoria A) a qual não possuímos. Resolvemos o problema alugando duas bicicletas. Foi bem mais cansativo, mas conseguimos ir a todos os lugares da ilha que gostaríamos sobre duas rodas.

Para quem optou por chegar de carro a coisa fica mais fácil. Basta pegar um mapa na Central de informações turísticas em Adamas e cair na estrada.

Existe ainda a opção de alugar um carro a preços bem razoáveis. Abaixo algumas empresas de aluguel que trabalham em Milos:

Milos Cars, Giourgas Rent a car, Budget, Rent a Car Milos, Europcar

Sem contar as inúmeras operadoras locais que não tem site disponível na internet, mas que podem oferecer preços muito baixos.

Onde ficar

Ficamos hospedados na mais movimentada vila da cidade que é Adamas. Foi lá que o ferry nos deixou já no final da tarde e não quisemos ir muito longe para encontrar nossa hospedagem. Esta vila é repleta de restaurantes, agências de turismo e de aluguel de carros, mercados, hotéis e tudo que você precisar. Foi uma boa base para visitar as outras regiões da ilha. De acordo com nosso tipo de viagem escolhemos um hotel familiar e bem low cost (40 euros a diária). Como já mencionado acima muitas senhoras que alugam quartos estarão ávidas pela chegada do ferry com turistas. Não será difícil encontrar uma acomodação que se encaixe no seu perfil. Se quiser reservar antes, recomendamos o site Rooms and Apartments. Mas não se preocupe a região tem muitas opções de hospedagem.

O que comer

A Grécia tem uma culinária estilo mediterrâneo bastante apreciada mundo afora com seus deliciosos queijos feta, pão tipo pita e sua carne de carneiro. Pois bem da mistura de tudo isso nasceu o Gyros Pita. Um sanduíche com pão do tipo pita, carne de carneiro (com variações para o frango ou porco), molho Tzatziki (com iogurte e pepino), salada e nas versões mais ocidentalizadas tem até batata frita no meio. O prato custa entre dois e três euros e pode ser encontrado em qualquer lugar do país e é uma ótima refeição a baixo custo. Para acompanhar que tal uma cerveja Mythos a mais tradicional por lá.

O tradicionalíssimo Gyros Pita

O tradicionalíssimo Gyros Pita

A cerveja grega

A cerveja grega

Quando ir

Conhecer uma praia tem que ser no verão certo? Sim vocês tem toda razão, de junho a agosto é o período mais indicado para conhecer a ilha. Além das temperaturas ficarem altas na maior parte do dia para curtirmos as praias, à noite o clima é bem mais fresco e você consegue dormir sem aquela sensação de ter acabado de sair de uma sauna.

Temperaturas médias durante o ano

Temperaturas médias durante o ano

As chuvas durante o verão também são quase inexistentes e mais um motivo para veranear sem a ameaça de temporais que deixam qualquer praia por mais bonita que seja sempre com um ar de decepção.

Chuvas praticamente não existem no verão

Chuvas praticamente não existem no verão

Atrações de Milos

Milos não tem uma única atração, mas vários sítios deslumbrantes.

Adamas

Na principal vila da ilha, a grande atração não é a natureza. O destaque fica por conta das casinhas imaculadamente brancas com detalhes em azul. Parece que as lojas de tintas só tinham estas cores. Um visual e tanto.

Adamas e suas casinhas azuis e brancas

Adamas e suas casinhas azuis e brancas

Nem as igrejas escapam das tradicionais cores

Nem as igrejas escapam das tradicionais cores

Firopotamos

Uma pequena praia encravada entre duas montanhas onde a areia dá lugar as pedras. O charme fica por conta da igrejinha em azul e branco e das águas transparentes. Ideal para um mergulho após encarar uma íngreme estrada de bike.

Encravada entre duas montanhas

Encravada entre duas montanhas

Mais igrejas em azul e branco

Mais igrejas em azul e branco

Para combinar com a cor da água

Para combinar com a cor da água

Mandrakia

Mais uma charmosa vila cheia de barquinhos e igrejinhas brancas no caminho até Sarakiniko.

Piscina natural em Mandrakia

Piscina natural em Mandrakia

em frente ao estacionamento dos barcos

em frente ao estacionamento dos barcos

Mytakas

Outro ponto de parada para descansar de tanto pedalar. As árvores nos acolhem em sua sombra e um mergulho é obrigatório.

Papafragas

Uma das formações rochosas bizarras que invadem o mar que banha a ilha. Parece uma ponte natural que liga a ilha ao alto mar. Você pode caminhar sobre ela e também nadar nas águas que ficam sob a ponte natural.

Reparem no tamanho das pessoas sobre a "ponte"

Reparem no tamanho das pessoas sobre a “ponte”

Se nadar até o buraco ao fundo você sai no alto  mar

Se nadar até o buraco ao fundo você sai no alto mar

Sarakiniko

Outras das formações rochosas estranhas. Assim como Papafragas as rochas invadem o mar, mas aqui a coloração branca das pedras, que mais parece gesso, dá um contraste todo especial com o azul das águas. O toque especial fica por conta de um gigantesco navio encalhado em suas águas cujo mastro principal parece pedir ajuda para ser resgatado.

Um mar de rochas brancas

Um mar de rochas brancas

que desagua num mar de águas azuis

que desagua num mar de águas azuis

Outra ponte natural sobre o mar

Outra ponte natural sobre o mar

O navio naufragado

O navio naufragado

e as pedras que mais parecem gesso

e as pedras que mais parecem gesso

Mapa com as praias da ilha

Mapa com as praias da ilha

Passeio de Barco

Em 2009 pagamos 30 euros pelo passeio de barco ao redor da ilha. As principais atrações deste passeio são as descritas abaixo.

O mar aos nossos pés

O mar aos nossos pés

Glaronissia

São pequenas ilhas desabitadas cujas rochas parecem ter sido detalhadamente esculpidas. Lugar bastante interessante.

Estranhas formações de Glaronissia. Deem um zoom para ver melhor

Estranhas formações de Glaronissia. Deem um zoom para ver melhor

Kimolo

Kimolo é a ilha vizinha onde acontece a parada do tour para almoço. O interessante é que aqui encontramos as mesmas casinhas brancas, mas com janelas pintadas de vermelho ao invés de azul.

Faltou tinta azul

Faltou tinta azul

Gerakas

Paredões de pedra que eternamente apreciam a beleza do mar de Milos.

Paredões de Gerakas

Paredões de Gerakas

Kleftiko

Sem dúvida a mais impressionante das formações rochosas da ilha. Colossais totens de rocha parecem defender o deslumbrante mar cristalino de alguma possível agressão. Prestem atenção no tamanho das pessoas perto das formações. Incrível.

As incríveis formações de Kleftiko (Foto do site en.protothema.gr)

As incríveis formações de Kleftiko (Foto do site en.protothema.gr)

Guardiões do  mar

Guardiões do mar

Reparem no tamanho da pessoa no buraco entre as pedras

Reparem no tamanho da pessoa no buraco entre as pedras

Klima

Mais uma vila encantadora, esta com janelas e portas multicoloridas. As paredes continuam imaculadamente brancas.

Vista geral de Klima

Vista geral de Klima

Aqui a loja de tintas não tem só azul

Aqui a loja de tintas não tem só azul

Que visual

Que visual

Sykia

Mais uma formação surpreendente. Desta vez a mãe natureza esculpiu uma caverna a beira mar.

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Apresentação do 49° Encontro dos Viajantes – Galápagos o laboratório natural que inspirou Darwin

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No último sábado (23/05/2015) o jornalista Daniel Nunes do blog Same Same nos brindou com uma apresentação lúdica sobre Galápagos que segundo ele próprio é um laboratório para naturalistas aprendizes. Daniel montou um enredo para contar sua experiência de dezesseis dias pelas fantásticas ilhas. Nesta trama os personagens principais eram: ele mesmo, Charles Darwin que dispensa apresentações, Robert Fitz Roy comandante do navio que levou Darwin até o arquipélago, Eric Chaisson, Allan Cravo e Andréa D´Amato seus companheiros reais de viagem.

Todos atentos as dicas do Daniel

Todos atentos as dicas do Daniel

Daniel começou falando um pouco de sua viagem pelo Equador continental e da culinária, religiosidade e hospitalidade de seu povo. A coisa começou a esquentar quando embarcamos para o destino tão desejado. Galápagos pode ser conhecida de duas maneiras: por terra ou por mar. Na ilha de San Cristóbal (a primeira que ele visitou) teve que se contentar com a parte terrestre já que todos os passeios de barco estavam com lotação esgotada. Fica a dica de reservar antes.

O trajeto entre as ilhas pode ser feito de lancha que chacoalha muito e não é indicada para quem enjoa no mar, ainda mais se tratando de duas horas de estômago subindo e descendo. A opção mais cômoda e rápida é o avião que custa cerca de cinco vezes mais que a lancha.

O palestrante descontraindo com o público

O palestrante descontraindo com o público

Já na segunda ilha Daniel se precaveu e reservou os passeios de barco assim que chegou. Segundo nosso palestrante nada se compara a conhecer o lugar visto do mar. Ele ficou maravilhado com a fauna local que inclui tartarugas gigantes e centenárias se acasalando, leões marinhos tomado sol na praia lado a lado com os humanos e atobás de patas azuis ou patas vermelhas. Sem falar nas iguanas e vulcões que encantam os turistas. Para fechar com chave de ouro nosso palestrante ainda fez um cruzeiro que passa pelas ilhas menores onde a natureza é mais intocada.

A família Quatro Cantos do Mundo confraternizando com o palestrante

A família Quatro Cantos do Mundo confraternizando com o palestrante

Agradecemos ao Daniel a disponibilidade de compartilhar suas experiências conosco e também ao Hotel Ibis SP Expo que nos cede o espaço para realização do Encontro dos Viajantes.

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Catedral de São Basílio – Moscou – Arquitetura Espetacular

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Diferente das tradicionais igrejas católicas que são austeras, pouco iluminadas e monocromáticas, a Catedral de São Basílio é multicolorida e nem parece um templo religioso, pelo menos não os que estamos acostumados a ver. A Catedral pertence à Igreja Ortodoxa Russa e a sua beleza é tão exuberante que mais parece um castelo de conto de fadas. Suas nove cúpulas em azul, branco, verde, amarelo, vermelho e dourado são hipnotizantes e sua localização ajuda ainda mais nesta fascinação que todo turista sente por este pedacinho do céu na Terra. São Basílio fica numa das praças mais famosas do mundo, a Praça Vermelha. Sua história é tão fascinante quanto sua beleza.

Uma igreja que mais parece um castelo de conto de fadas

Uma igreja que mais parece um castelo de conto de fadas

Foi construída entre os anos de 1555-1561 sob as ordens de Ivan o Terrível em comemoração a reconquista das cidades de Kazan e Astrakhan que estavam sob domínio dos tártaros-mongóis. Um famoso símbolo russo, com seus 47,5 metros foi o edifício mais alto da cidade até a conclusão da Torre de Ivan em 1600. O edifício original conhecido como Igreja da Trindade continha oito igrejas laterais arranjadas em torno de uma nona igreja. A décima igreja foi erguida em 1588 sobre o túmulo do santo local, o venerado Vasily (Basílio). Conhecida como um pedaço do céu na Terra, como acontece com todas as igrejas na cristandade bizantina, São Basílio foi popularmente chamada de a “Jerusalém” e serviu como alegoria do Templo de Jerusalém no desfile anual do Domingo de Ramos com a presença do Patriarca de Moscou e do czar.

Todos querem a tradicional foto e nós não fomos exceção

Todos querem a tradicional foto e nós não fomos exceção

O edifício tem a forma de uma chama de fogueira subindo para o céu, um projeto que não tem análogos na arquitetura russa. Dmitry Shvidkovsky, em seu livro Arquitetura da Rússia e o Ocidente, afirma que “é como nenhum outro edifício russo. Nada semelhante pode ser encontrado em todo um milênio de tradição bizantina do século V ao XV … uma estranheza que surpreende pelo inesperado, complexidade e pelo brilho dos múltiplos detalhes de seu design.” A catedral é o clímax da arquitetura nacional russa no século XVII. Como parte do programa de ateísmo do Estado Soviético a igreja foi confiscada da comunidade ortodoxa russa pela antiga União Soviética e tem operado como uma divisão do Museu Histórico do Estado desde 1928. A igreja se tornou Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990 como parte do Kremlin de Moscou e da Praça Vermelha. Muitas vezes é confundida com o próprio Kremlin devido à sua localização na Praça Vermelha.

Por sorte encontramos o papa da Igreja Ortodoxa Russa por lá

Por sorte encontramos o papa da Igreja Ortodoxa Russa por lá

e seus discípulos em trajes religiosos

e seus discípulos em trajes religiosos

A Construção

O lugar de construção da igreja tinha sido um movimentado mercado O centro do mercado foi marcado pela Igreja da Trindade construída da mesma pedra branca do Kremlin. O czar Ivan IV marcou cada vitória na Guerra Russo-Kazan erguendo uma igreja de madeira junto ao muro da Igreja da Trindade. No final da campanha Astrakhan, a Igreja da Trindade estava envolta por sete igrejas de madeira. No outono de 1554, Ivan ordenou a construção da Igreja da Intercessão no mesmo local. Um ano depois, Ivan ordenou a construção de uma nova catedral de pedra no lugar da igreja da Trindade para comemorar suas campanhas de guerra vitoriosas. Dedicar uma igreja para uma vitória militar era uma grande inovação. A localização da igreja do lado de fora dos muros do Kremlin foi uma declaração política em favor de plebeus e contra os senhores feudais.

Vista lateral de São Basílio

Vista lateral de São Basílio

A identidade do arquiteto é desconhecida. A Tradição considera que a igreja foi construída por dois arquitetos: Barma e Postnik. Pesquisadores propõem que os dois nomes se referem à mesma pessoa, Postnik Yakovlev. Reza a lenda que Ivan cegou o arquiteto para que ele não pudesse recriar a obra-prima em outros lugares, embora o real Postnik Yakovlev permanecesse ativo pelo menos até 1560.

Estilo Arquitetônico

Devido ao fato que a igreja não tem análogos, nem precedentes na arquitetura contemporânea as fontes de inspiração de Barma e Postnik são contestadas. Eugène Viollet-le-Duc rejeita raízes europeias para a catedral; de acordo com ele, os seus arcos eram bizantinos ou asiáticos. A hipótese moderna da corrente asiática considera a catedral uma recriação da mesquita Qolsharif que foi destruída pelas tropas russas depois do cerco de Kazan. Escritores russos do século XIX enfatizam a influência das igrejas de madeira do norte da Rússia. David Watkin também escreveu sobre uma mistura de raízes russas e bizantinas, chamando a catedral de “o clímax” da arquitetura de madeira russa.

Magnífica a qualquer hora do dia. Vista ao entardecer

Magnífica a qualquer hora do dia. Vista ao entardecer

O desenho da fachada da catedral e da vista aérea da planta fizeram Dmitry Shvidkovsky sugerir que as formas “improváveis” da Igreja da Intercessão e da Igreja da Ascensão tem a mistura de elementos moscovitas com a influência do Renascimento italiano. Um grande grupo de arquitetos e artesãos italianos trabalhou continuamente em Moscou entre 1474-1539, bem como refugiados gregos que chegaram à cidade após a queda de Constantinopla. Estes dois grupos, de acordo com Shvidkovsky ajudaram os governantes de Moscou a forjar a doutrina da Terceira Roma que por sua vez promoveu assimilação da cultura grega e italiana contemporânea. Shvidkovsky notou a semelhança da planta baixa da catedral aos conceitos italianos de Antônio Sangallo e de Donato Bramante. Outros pesquisadores russos notaram uma semelhança com desenhos de Leonardo da Vinci, embora ele não pudesse ter sido conhecido na Moscou de Ivan o Terrível.

Andrey Batalov escreveu que a julgar pelo número de novos elementos introduzidos a Igreja da Trindade foi muito provavelmente construída por artesãos alemães. Batalov e Shvidkovsky observaram que durante o reinado de Ivan, alemães e ingleses substituíram os italianos, embora a influência alemã atingisse o pico mais tarde, durante o reinado de Mikhail Romanov. A influência alemã é indiretamente suportada pelas rústicas pilastras da igreja central, uma característica mais comum na Europa do Norte contemporânea do que na Itália.

Layout

Em vez de seguir o layout original (sete igrejas ao redor do núcleo central), os arquitetos de Ivan optaram por uma planta mais simétrica com oito igrejas laterais ao redor de uma central, produzindo um plano completamente coerente, lógico. A igreja central e as quatro igrejas maiores colocadas sobre os quatro pontos cardeais principais são octogonais, os quatro igrejas menores localizadas nas diagonais tem formato cúbico, embora suas formas só sejam visíveis em desenhos posteriores. As igrejas maiores ficam em fundações maciças, enquanto as menores foram colocadas sobre uma plataforma elevada, como se pairando acima do solo.

Detalhes do layout

Detalhes do layout

Embora as igrejas laterais estejam dispostas em simetria perfeita, a catedral como um todo não é simétrica. A igreja central foi deliberadamente deslocada para o oeste a partir do centro geométrico das igrejas laterais para acomodar seu maior abside no lado oriental. Como resultado deste calculada assimetria sutil, olhando a partir do norte e do sul São Basílio apresenta uma forma multiaxial complexa, enquanto a fachada oeste em frente ao Kremlin aparece corretamente simétrica. A última percepção é reforçada pelo estilo fortaleza da Igreja ocidental espelhando as fortificações reais do Kremlin.

A igreja é composta por um labirinto de corredores abobadados e estreitos. A igreja maior e central, a Igreja da Intercessão, tem 47.5 metros de altura, mas internamente tem uma área de apenas 64 metros quadrados.

Estrutura

As fundações, como era tradicional na Moscou medieval, foram construídas de pedra branca, enquanto as próprias igrejas foram construídas de tijolo vermelho (28 × 14 × 8 centímetros) um material relativamente novo para época (o primeiro edifício de tijolo em Moscou, o novo Kremlin Wall, foi iniciado em 1485). Pesquisas da estrutura mostram que o primeiro nível é perfeitamente alinhado indicando uso de desenhos e medições profissionais, mas cada nível subsequente se tornou menos regular. Restauradores que substituíram a alvenaria em 1954-55 descobriram que as paredes de tijolos maciços ocultavam uma moldura de madeira interna usada em toda construção da igreja. Esta moldura feita de pregos finos cuidadosamente amarrados foi usada para erguer um modelo de tamanho natural da igreja que posteriormente foi então coberta pela alvenaria sólida.

Mesmo grávida Fabi ficou até altas horas esperando por uma foto ao escurecer

Mesmo grávida Fabi ficou até altas horas esperando por uma foto ao escurecer

Os construtores fascinados pela flexibilidade da nova tecnologia utilizaram o tijolo como elemento decorativo dentro e fora da igreja, deixando a alvenaria exposta sempre que possível. No Brasil chamamos a técnica de tijolo à vista. Uma grande novidade introduzida pela igreja foi o uso da arquitetura como decoração exterior. Assim esculturas e símbolos sagrados empregados pela antiga arquitetura russa são completamente ausentes. Em vez disso, a igreja possui uma diversidade de elementos arquitetônicos tridimensionais executados em tijolo.

Cores

A igreja adquiriu suas atuais cores vívidas em várias etapas a partir de década de 1680 até 1848. A atitude russa no sentido das cores mudou no século XVII em favor de cores brilhantes devido ao crescimento explosivo no número de tintas e corantes disponíveis. O esquema de cores original, quando estas inovações ainda não estavam disponíveis, era muito menos desafiador. Assim tentaram representar na igreja a colorida Cidade Celestial do Livro de Apocalipse:

“E aquele que estava sentado tinha aparência semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio; e havia um arco-íris sobre o trono que mais parecia uma esmeralda. E ao redor do trono havia vinte e quatro assentos e sobre os assentos eu vi vinte e quatro anciãos vestidos de branco e sentados com coroas de ouro sobre suas cabeças.” Livro do Apocalipse

O esquema de cores da catedral é mais perceptível durante a noite.

Simplesmente deslumbrante à noite

Simplesmente deslumbrante à noite

Os 25 lugares da referência bíblica são em alusão a estrutura do edifício, com a adição de nove pequenas cúpulas ao redor da cúpula central, quatro ao redor da igreja do lado ocidental e quatro em outros lugares. Este arranjo sobreviveu durante a maior parte do século XVII. As paredes da igreja são de tijolos vermelhos à ou imitações de tijolos pintados com ornamentos brancos mais ou menos na mesma proporção. As cúpulas cobertas com estanho foram uniformemente pintadas de dourado criando uma combinação brilhante com as tradicionais cúpulas brancas e vermelhas. O uso moderado de pastilhas de cerâmica verdes e azuis deu um toque de arco-íris como prescrito pela Bíblia.

As cúpulas em formato de cebola

As cúpulas em formato de cebola

Amarelas, verdes e vermelhas

Amarelas, verdes e vermelhas

Brancas, azuis e verdes de novo

Brancas, azuis e verdes de novo

em diferentes formatos

em diferentes formatos

e ainda mais coloridas

e ainda mais coloridas

ou bem de perto. Não impota o ângulo são um colírio para os olhos

ou bem de perto. Não impota o ângulo são um colírio para os olhos

Curiosidades

As tropas francesas que ocuparam Moscou em 1812 usaram a Igreja para estábulos e a saquearam, levando tudo que valia a pena. A igreja foi poupada pelo fogo de Moscou (1812) que arrasou Kitai-Gorod e pelo fracasso das tropas francesas em explodi-la de acordo com a ordem de Napoleão.

A igreja ainda esteve sob ameaça dos bolcheviques. Em 1924 eles tiveram pela primeira vez a ideia de demoli-la logo depois do funeral de Lenin. Depois já na década de 30, Stalin propôs uma reurbanização de Moscou na qual a igreja deveria deixar de existir. Reza a lenda que o arquiteto Vladimir Semyonov responsável pela reurbanização supostamente se atreveu a “agarrar o cotovelo de Stalin quando o líder pegou um modelo na qual a Praça Vermelha ficaria sem a igreja” e foi imediatamente substituído.

Ainda bem que Semyonov salvou a igreja. Imaginem esta foto sem ela ao fundo

Ainda bem que Semyonov salvou a igreja. Imaginem esta foto sem ela ao fundo

No outono de 1933 a demolição da igreja voltou à pauta. Baranovsky foi convocado para realizar um levantamento para demolição e depois foi preso por suas objeções. Enquanto Baranovsky fazia trabalhos forçados em um Gulag, as atitudes mudaram e por volta de 1937 os bolcheviques admitiram que a igreja devesse ser poupada da demolição. Para nossa sorte e deleite dos olhos ela sobrevive até hoje. As informações deste post são do site Wikipedia.

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10 Mentiras que todo Viajante compulsivo conta

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Mentir é algo inerente ao ser humano. Uns mentem mais outros menos, mas não existe ninguém que nunca contou uma mentirinha. Como todo viajante também é um ser humano, nós compulsivos por viagens não escapamos de contar as nossas. Veja as mentiras mais comuns contados pelos viajantes.

1) Lugar tão lindo. Vou voltar aqui um dia

Mentira. O mundo é repleto de lugares deslumbrantes para conhecermos e você como um viciado em viagens jamais deixará de adicionar a sua lista de conquistas um lugar novo só para voltar a ver um destino que você já conhece.

É lindo mas voltar não está nos planos

É lindo mas voltar não está nos planos

2) Nas próximas férias voltarei antes da viagem para descansar um pouco

Esta é deslavada. No Brasil poucos têm a sorte de gozar trinta dias de férias seguidos. Você vai desperdiçar a chance de viajar mais alguns dias só para descansar? De jeito nenhum. Vai chegar no aeroporto domingo à noite e na segunda de manhã estará lá, firme e forte, no escritório contando suas aventuras para os amigos. Descansar é para os fracos.

Quero viajar os 30 dias e nenhum a menos

Quero viajar os 30 dias e nenhum a menos

3) Nunca mais vou comprar uma passagem aérea por impulso

E será que alguém ainda acredita em você? Basta chegar a newsletter do Melhores Destinos para sua mão começar a coçar. Você não tem mais férias, nem banco de horas. Negociar uns dias com seu chefe está fora de questão, mas mesmo assim você compra aquela passagem da promoção para passar um fim de semana em Manaus.

Não resisitiu e comprou

Não resisitiu e comprou

4) Compro tudo no cartão de crédito para ter até 30 dias para pagar

Lorota. A cada centavo gasto no cartão de crédito você só pensa nas milhas que está acumulando para a próxima viagem. Se pagar com cartão de débito (à vista) acumulasse mais milhas que pagar no crédito; você só usaria ele.

Você só enxerga as milhas

Você só enxerga as milhas

5) Ano que vem não vou viajar. Estou guardando dinheiro para trocar de carro

Hahahahahaha. Estou mijando de rir. É mais fácil uma vaca voar. Já estou até vendo você saindo do aeroporto no seu FIAT 147 quando retornar de Paris.

Seu carro por um bom tempo

Seu carro por um bom tempo

6) Quando brasileiro não precisar mais de visto eu viajo pro EUA

O cara conhece dezenas de países e metade deles exige visto de turista para brasileiros. Batalhou duro para conseguir o visto australiano e canadense e fica com esta cascata que até hoje só não foi aos EUA por causa do visto. Assume logo que não quer ir.

Não ponha a culpa no pobre coitado do visto

Não ponha a culpa no pobre coitado do visto

7) Prometo que na próxima viagem vou ligar toda semana para minha mãe

Conto da carochinha. Com tanto lugar maravilhoso para conhecer, tantos viajantes para trocar experiências e tantas festas para ir, você nem vai lembrar que sua mãe está esperando sua ligação.

Não prometa porque você não vai cumprir

Não prometa porque você não vai cumprir

8) Nas próximas férias vou ficar todo tempo num único país

E vai perder a chance de aumentar sua lista de países visitados? Duvido.

9) Fiquei tão cansado com a viagem de avião que na próxima vou de executiva

Lenda. Com o preço de uma viagem na classe executiva você voa umas dez vezes na econômica. Via gastar todo este dinheiro em uma só viagem e deixar de viajar dez vezes. Danem-se minhas costas.

Ai é que você não vai mesmo

Ai é que você não vai mesmo

10) Minha próxima viagem será para casa de um amigo assim gasto menos com hospedagem

E vai deixar de conhecer aquele destino que há anos está no topo da sua lista de desejos. Só entre nós: quem vai acreditar nesta história?

Você também conta suas mentiras de viajante? Compartilhe-as conosco. Deixe seu comentário no blog.

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Grande Mesquita de Djenné – Mali – Arquitetura Espetacular

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Esta mesquita ronda meu inconsciente há muito tempo. Meu desejo, cada vez mais forte de conhecê-la, vem do longínquo tempo que ainda planejava minha Volta ao Mundo. Pouca gente sabe, mas o Mali é um país com diversas atrações fantásticas. Além da própria mesquita que é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1988 ainda estão lá os Acantilados de Bandiagara e a mística Tombucto. Infelizmente por problemas de segurança no momento não são aconselhadas visitas ao país. Ficamos então com a beleza e história exuberantes da mesquita.

A Grande Mesquita de Djenné é um grande edifício de adobe (argila misturada à palha e seca ao sol) que é considerado por muitos arquitetos uma das maiores obras do estilo arquitetônico Sudano-Sahel. A mesquita está localizada na cidade de Djenné, Mali, na planície de inundação do rio Bani. A primeira mesquita do lugar foi construída por volta do século XIII, mas a data da atual estrutura é de 1907. Sendo o centro da comunidade de Djenné, é um dos marcos mais famosos da África.

A beleza de uma arquitetura única: Grande Mesquita de Djenné

A beleza de uma arquitetura única: Grande Mesquita de Djenné (Foto do site wikimedia)

História

A data real da construção da primeira mesquita de Djenné é desconhecida, mas as datas giram em torno do ano 1200 ao 1330. O documento mais antigo mencionando a mesquita foi escrito por Abd al-Sadi no seu manuscrito Tarikh al-Sudan presumivelmente originado da tradição oral tal como era em meados do século XVII. O Tarikh afirma que o sultão Kunburu tornou-se muçulmano e derrubou seu palácio para transformá-lo em uma mesquita. Ele construiu outro palácio para si no lado leste da mesquita. Seu sucessor imediato construiu as torres da mesquita, enquanto o sultão seguinte construiu o muro que envolve a mesquita. Não há nenhuma outra informação por escrito sobre a grande mesquita até que o explorador francês René Caillié visitou Djenné em 1828 e escreveu “Em Djenné há uma mesquita construída de terra com duas enormes torres rudemente construídas. Ela é casa de milhares de andorinhas que constroem seus ninhos na mesma. Nestas ocasiões um cheiro muito desagradável toma o ambiente, assim o costume de fazer orações em um pequeno pátio exterior tornou-se comum.”

Um dia de calmaria em frente a mesquita (foto do site wikipedia)

Um dia de calmaria em frente a mesquita (foto do site wikipedia)

Mesquita de Seku Amadu

Dez anos antes da visita de René Caillié, o líder dos Fulani (povo da região) Seku Amadu tinha lançado uma investida e conquistou a cidade. Seku Amadu parece ter desaprovado a mesquita existente e sob suas ordens a mesma caiu em desuso. Este teria sido o edifício descuidado que Caillié viu. Seku Amadu também fechou todas as pequenas mesquitas da região. Entre 1834 e 1836, Seku Amadu construiu uma nova mesquita a leste da mesquita existente no local do palácio. A nova mesquita era um grande prédio baixo sem quaisquer torres ou ornamentação. As forças francesas lideradas por Louis Archinard ocuparam Djenné em abril de 1893. Logo depois, o jornalista francês Félix Dubois visitou a cidade e descreveu as ruínas da mesquita original. No momento da sua visita, o interior da mesquita estava arruinado e era usado como um cemitério. Em seu livro de 1897, Tombouctou la Mystérieuse (Timbuktu misterioso), Dubois fornece um plano e um desenho de como ele imaginava a mesquita antes de ser abandonada.

A mesquita atual

Em 1906 a administração francesa na cidade providenciou a reconstrução da mesquita original e ao mesmo tempo construiu uma escola no local da mesquita de Seku Amadu. A reconstrução foi concluída em 1907 com o trabalho forçado sob a direção de Ismaila Traoré, chefe de pedreiros de Djenné. A partir de fotografias tiradas na época parece que a posição de algumas das paredes exteriores segue os da mesquita original, mas não está claro se as colunas que sustentam o telhado mantiveram o arranjo prévio. O que certamente se tornou uma novela na mesquita reconstruída foi o arranjo simétrico de três grandes torres na parede qibla (voltada para Meca). Houve um debate sobre até que ponto o projeto da mesquita reconstruída estava sujeito à influência francesa. Dubois revisitou Djenné em 1910 e ficou chocado com o novo edifício. Ele acreditava que a administração colonial francesa foi responsável ​​pela concepção e escreveu que a mesquita mais parecia um cruzamento entre um porco-espinho e um órgão de igreja. Ele achava que as estacas fizeram o edifício se assemelhar a um templo barroco dedicado ao deus dos supositórios. Por outro lado Jean-Louis Bourgeois argumentou que os franceses tiveram pouca influência exceto talvez pelos arcos internos e que o projeto é “basicamente Africano.”

Entardecer na mesquita

Entardecer na mesquita

O terraço em frente ao muro oriental inclui dois túmulos. O túmulo maior contém os restos de Almany Ismaïla, um imam importante do século XVIII. No início do período colonial francês, uma lagoa localizada no lado oriental da mesquita foi aterrada para criar uma área aberta que é agora utilizada para o mercado semanal. Fiação elétrica e água encanada foram adicionadas em muitas mesquitas no Mali. Em alguns casos as superfícies originais das mesquitas foram cobertas de azulejos destruindo a sua aparência histórica e em muitas vezes também comprometendo a integridade estrutural do edifício. Enquanto a Grande Mesquita só foi equipada com um sistema de alto-falante, pois os cidadãos de Djenné resistiram modernização em favor da integridade histórica do edifício. Muitos preservacionistas históricos têm elogiado os esforços de preservação da comunidade e o interesse neste aspecto cresceu na década de 1990.

Roupas típicas do Mali (foto do site da National Geographic)

Roupas típicas do Mali (foto do site da National Geographic)

Em 1996 a revista Vogue realizou uma sessão de moda dentro da mesquita. Fotos da Vogue de mulheres pouco vestidas indignaram a opinião local e como resultado os não muçulmanos foram proibidos de entrar na mesquita desde então. A mesquita pode ser vista no filme Sahara de 2005.

Design

As paredes da Grande Mesquita são feitas de tijolos cozidos pelo sol (chamados Férey), cuja base é uma argamassa de areia e terra. São revestidos com um gesso que dá ao edifício uma aparência suave e que parece ter sido esculpido. As paredes do edifício são decoradas com feixes de palma (Borassus aethiopum) chamados toron que se projetam cerca de 60 cm (2 pés) a partir da superfície. O toron também serve como andaime permanente para os reparos anuais. Cerâmicas meio tubo também se estendem a partir do teto levando a água da chuva direto do telhado para bem longe frágeis das paredes. A Grande Mesquita é um edifico vivo que todos os anos após a temporada de chuvas têm que ser reconstruído devido a sua frágil estrutura recoberta com adobe. É nos torons que as pessoas sobem para aplicar uma nova camada de adobe que substitui a anterior levada pelas chuvas. Imaginem que todos os anos o edifício é um novo edifício apesar de ser o mesmo. Genial não acham?

Dezenas de pessoas no trabalho de manutenção apoiadas nos torons (Foto do site viaggi.repubblica.it)

Dezenas de pessoas no trabalho de manutenção apoiadas nos torons (Foto do site viaggi.repubblica.it)

A mesquita é construída sobre uma plataforma medindo cerca de 75 metros quadrados que está a 3 metros acima do nível do mercado. A plataforma evita danos à mesquita quando acontecem às cheias do rio Bani. Ela é acessada por seis conjuntos de escadas cada uma decorada com pináculos. A entrada principal está no lado norte do edifício. As paredes exteriores da Mesquita não são precisamente perpendiculares entre si de modo que o plano do edifício tem um contorno trapezoidal perceptível. A parede de oração (qibla) da Grande Mesquita é voltada em direção a Meca e tem vista para o mercado da cidade. A Qibla é dominada por três grandes torres ou minaretes que se projetam para fora da parede principal. A torre central tem cerca de 16 metros de altura. No topo de cada minarete existem ovos de avestruz, símbolo tradicional de vida, fertilidade e renovação.

Tradicional mercado semanal em frente a mesquita

Tradicional mercado semanal em frente a mesquita (Foto do site wikipedia)

Lugar de muitas cores com em todo mercado africano

Lugar de muitas cores como em todo mercado africano (Foto do site ietravel)

A sala de oração, medindo 26 por 50 metros ocupa a metade oriental da mesquita atrás da parede da qibla. O telhado de adobe é apoiado por nove paredes interiores que são perfuradas por arcos ogivais que chegam quase até o teto. Este projeto cria uma floresta de noventa maciços pilares retangulares que tomam o interior da sala de oração e reduzem severamente o campo de visão. As pequenas janelas nas paredes norte e sul irregularmente posicionadas permitem que pouca luz natural chegue ao interior do salão. O piso é composto por terra arenosa. Pequenas aberturas no teto são cobertas com tigelas que quando removidas permitem que o ar quente suba e saia do prédio ventilando seu interior em dias quentes. O pátio interior a oeste do salão de orações, medindo 20 por 46 metros está rodeado em três lados por galerias. A galeria ocidental está reservada para uso das mulheres.

O escuro no interior da mesquita (foto do site wondermondo)

O escuro no interior da mesquita (foto do site wondermondo)

Significado Cultural

Toda a comunidade de Djenné tem um papel ativo na manutenção da mesquita através de um festival anual único. Isso inclui música e comida, mas tem como objetivo principal reparar o dano infligido a mesquita no ano passado (principalmente a erosão causada pelas chuvas anuais e rachaduras causadas por mudanças na temperatura e umidade). Nos dias que antecedem o festival o gesso é preparado em covas. Ele requer vários dias para curar, mas precisa ser periodicamente agitado, uma tarefa geralmente deixada para meninos que se jogam na mistura em uma brincadeira que acaba preparando adequadamente a massa.

Crianças ainda sujas de mexer a massa (Foto do site papillonreizen)

Crianças ainda sujas de mexer a massa (Foto site papillonreizen)

De lama da cabeça aos pés (Foto do site da BBC)

De lama da cabeça aos pés (Foto do site da BBC)

Homens sobem em andaimes e nos torons da mesquita para aplicar a massa sobre as paredes. Outro grupo de homens carrega o gesso para os operários na mesquita. A corrida é realizada no início do festival para ver quem vai ser o primeiro a entregar o gesso para a mesquita. Mulheres e meninas são encarregadas de levar água para preparação da massa durante o festival e também para os trabalhadores na mesquita. Os membros da aliança pedreiros de Djenné dirigem o trabalho, enquanto os membros mais idosos da comunidade que já participaram do Festival diversas vezes sentam-se em um lugar de honra na praça do mercado para assistir aos trabalhos.

O árduo trabalho de manutenção anual (foto do site www.afrikanieuws.nl)

O árduo trabalho de manutenção anual (foto do site http://www.afrikanieuws.nl)

mas sempre com um sorriso no rosto (Foto do site humanplanet.com)

mas sempre com um sorriso no rosto (Foto do site humanplanet.com)

Em 1930, uma réplica da Mesquita Djenné foi construída na cidade de Fréjus no sul da França. A réplica, a Mesquita Missiri, foi construída em cimento e pintada em ocre vermelho para imitar a cor da original. A réplica foi planejada para servir como uma mesquita para os Tirailleurs senegalenses, as tropas coloniais da África Ocidental do exército francês que foram postadas na região durante o inverno. A mesquita original é presidida por um dos centros de ensino islâmicos mais importantes da África com milhares de estudantes que vem para estudar o Alcorão em madrassas (escolas do Alcorão) de Djenné. As áreas históricas de Djenné incluindo a Grande Mesquita foram designadas como Património Mundial da UNESCO em 1988. Embora existam muitas mesquitas que são mais velhas do que ela, a Grande Mesquita continua a ser o símbolo mais proeminente da cidade de Djenné e da nação do Mali.

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Mais 10 Hábitos estranhos que vimos em Nossa Viagem de Volta ao Mundo – Parte I

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A série de hábitos estranhos pelo mundo continua. O que para nós é tão normal em outros lugares do nosso planetinha pode ser uma aberração e é esta diferença de culturas que tanto nos encanta. Veja abaixo mais alguns costumes um tanto inusitados para nós brasileiros.

1) Homens com até 4 esposas

Pode parecer estranho, mas é assim que a coisa funciona na maioria dos países muçulmanos. Um único homem pode ter até 4 esposas diferentes que vivem na mesma casa em harmonia. Muita gente sabe disso, o que a maioria não sabe é que o sujeito só pode casar tantas vezes se provar que tem condições financeiras para sustentar todas elas. Agora imaginem este costume no ocidente. Uma casa com quatro mulheres deixaria qualquer homem louco.

Este não é tão rico, tem só três esposas

Este não é tão rico, tem só três esposas

2) Joias

Mais uma do mundo árabe. Alguém sabe dizer porque as mulheres por lá gostam tanto de joias? Tinha até uma novela que se passava no Marrocos que a protagonista dizia: “Muito ouro.” Se uma mulher se separa do marido, na verdade é o marido que se separa dela. Não há divisão de bens, o cônjuge feminino não tem direito a nenhum bem material, exceto as joias ganhas durante o casamento.

É só isso que elas levam

É só isso que elas levam

3) Prepare-se para ser tocado na Índia

Sempre costumo dizer que a Índia não é outro país, mas sim outro planeta. Portanto prepare-se para o maior choque de costumes de sua vida. Se você acha que nós brasileiros assustamos os gringos com nossos tradicionais beijinhos de cumprimento (um em São Paulo, dois no Rio e por ai vai) imaginem o que eles acham de uma fila indiana. Foi duma foto como esta que surgiu o nome “fila indiana”. Encoxação pura.

Só podia ser na Índia mesmo

Só podia ser na Índia mesmo

4) Venere o rei da Tailândia

O senhor Bhumibol Adulyadej reina desde 1946 e o cara deve ser bom, pois todos, eu disse todos habitantes do antigo reino do Sião adoram o cara. É tipo um Deus. Nem precisa dizer que existem fotos dele espalhadas por todo país, nas ruas, ônibus, restaurantes, se bobear até no banheiro tem. E toda vez que um local passa pela foto faz a tradicional reverência tailandesa juntando as mãos na altura do peito e abaixando a cabeça. Estrangeiros presos por desrespeitar a imagem do rei existem as dezenas. Um deles foi preso por escrever em cima de uma das fotos do venerável durante uma bebedeira. Se forem para lá já sabem. É Buda no céu e ele na Terra.

Uma das milhares de imagens do rei espalhadas pelo país

Uma das milhares de imagens do rei espalhadas pelo país

5) Na Ásia talvez é não

Não é a toa que o mundo é dividido em ocidente e oriente. No lado deles (oriente) as coisas funcionam totalmente diferentes daqui. As palavras dos orientais nem sempre querem dizer o que elas realmente são. Você tem que aprender interpretar seu significado. Orientais definitivamente não falam “não”. Quando eles não querem algo, eles deixam no ar e dizem talvez. Um amigo coreano (não me pergunte se do sul. Você já ouviu falar de alguém que conhece um coreano do norte?) sempre dizia talvez quando queria na verdade dizer não. Ai um inglês resolveu sacaneá-lo. Hoje ele vai dizer “não” e perguntou: Você já comeu cachorro? Já que é um hábito muito comum no seu país. A resposta: “talvez”. A explicação: talvez eu tenha comido quando criança, mas não me lembre. Preparem-se para o jogo de interpretação.

Resposta certa na Ásia

Resposta certa na Ásia

6) Na China não existe “por favor” e “desculpe”

Quem já foi à China sabe do que estou falando. O conceito de educação por lá é outro. Eles furam fila na cara dura. Se querem passar não pedem licença e abrem caminho a cotoveladas e empurrões. Dizem que este comportamento é reflexo da época da Revolução Cultural Chinesa quando a fome e escassez imperavam e quem não brigasse com unhas e dentes pelo seu espaço acabava morrendo. O problema é que já se passaram mais de 50 anos e os costumes continuam os mesmos.

É mais ou menos assim

É mais ou menos assim

7) Sim eles comem com a mão

Em muitos lugares da África e Ásia os talheres simplesmente não existem. Comer com as mãos é a coisa mais natural do mundo para eles. No Marrocos fomos convidados a almoçar com uma amiga local que acabáramos de conhecer. Para nossa surpresa um frango assado foi colocado sobre a mesa e nada dos talheres chegarem. Sem cerimônias nossa anfitriã atacou o galináceo com as mãos e nós obviamente seguimos as regras do país. Mas antes de finalizar, um adendo. Eles só comem com a mão direita, mesmo quem é canhoto, porque a mão esquerda vocês vão descobrir pra que eles usam no tópico abaixo.

Todo mundo mete a mão na mesma travessa

Todo mundo mete a mão na mesma travessa

8) Eles não usam papel higiênico

Nestes países em que se come com a mão (direita), eles também têm outro hábito um tanto exótico para nós. Eles não usam papel higiênico. Mas então como é que eles se limpam? Vocês devem estar se perguntando. A resposta é um tanto óbvia. Se a mão direita é para comer, a mão esquerda só pode ser usada para se limpar. Portanto nestes países nunca coma ou cumprimente alguém com a mão esquerda. Para quem ficou curioso e quiser se aprofundar sobre o tema basta ler o post O Número 2 ao redor do mundo. Vocês irão rir de montão.

Adivinha pra que serve a jarrinha ai do lado

Adivinha pra que serve a jarrinha ai do lado

9) Para onde vai o papel higiênico na Europa?

Falando em papel higiênico ou na falta dele. Este item de higiene pessoal gera muita controvérsia ao redor do mundo. No meu primeiro número 2 em banheiros europeus não prestei atenção se havia papel higiênico. Nestas horas ninguém checa isso. Por sorte ele estava lá. O problema aconteceu na hora de descartá-lo. Não havia cesto de lixo. Após muito pensar por uns dez minutos joguei tudo no vaso e mesmo sem querer acabei seguindo o costume local. Como diz um amigo: “Em países ricos papel higiênico é jogado no vaso sanitário, em países medianos é jogado no cesto de lixo e em países pobres não se usa papel higiênico”.

Este banheiro tinha manual de instrução

Este banheiro tinha manual de instrução

10) O pão é de todo mundo na Espanha e França

Quem já viajou um pouco percebeu que nós brasileiros somos bem nojentinhos com higiene. Qualquer lugar em que o chão não seja tão limpo quanto o de uma sala de UTI já é considerado imundo pela maioria dos brazucas. Assim não é surpresa como ficamos chocados ao ver o tratamento dados pelos espanhóis e franceses ao pão nosso de cada dia. Nas padarias espanholas o pão é pego pelo vendedor com a mão sem luvinhas de plástico. Depois ele passa para sua mão (não tem saco para colocar o pão por lá) e ainda passa pela mão do atendente de caixa que faz questão de tomá-lo das mãos do dono (no caso você) e colocar em cima do balcão para registar o preço. Depois você ainda sai com o coitado na mão ou em baixo do braço como na França.

Além da mão pode ser levado também sem cerimônias na garupa da bicicleta

Além da mão pode ser levado também sem cerimônias na garupa da bicicleta

Conhece algum hábito estranho que viu em suas viagens pelo mundo? Conte para gente, quem sabe ele não entra para o próximo post de hábitos estranhos que vimos em Nossa Viagem de Volta ao Mundo.

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10 Arenas Romanas que resistem ao tempo

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As arenas romanas são construções incrivelmente grandes e que inacreditavelmente resistem a milhares de anos praticamente intactas. Por séculos elas sofrem com intempéries como neve, chuva, sol, vento e até terremotos e continuam firmes e imponentes. Para sorte dos apaixonados por este tipo de construção o Império Romano foi duradouro, mas se limitou a Europa Mediterrânea, norte da África e parte do Oriente Médio. Assim você pode conhecer todas estas arenas em uma só viagem.

Arenas Romanas

Arenas Romanas

Quem vê estes gigantes que hoje abrigam concertos de música e outros shows de arte a céu aberto não imagina que milhares de anos atrás foram palcos da barbárie. Nestes locais aconteciam lutas mortais entre gladiadores e também de gladiadores com animais ferozes vistas por multidões ensandecidas. Aliás, o nome “arena” vem da areia que absorvia o sangue dos gladiadores durante as batalhas. Estes Coliseus são os precursores dos atuais octógonos de MMA. O tempo passou, indubitavelmente o ser humano evoluiu, mas nossa espécie ainda tem um sádico gosto por sangue que hoje espirra das telas das televisões pelo mundo.

Mas vamos nos lembrar da majestosidade destas verdadeiras obras de engenharia que tanto nos fascinam.

1) Coliseu – Roma – Itália

A mais famosa arena de lutas romanas é o Coliseu de Roma. Ela é tão famosa que acaba ofuscando outras arenas igualmente gigantescas e belas. Seu nome é tão forte que passou a ser sinônimo de arenas romanas, mas toda fama tem um preço. O Coliseu é cheio de turistas durante 365 dias por ano e uma foto sua só com ele é uma tarefa que nem Espártaco conseguiria completar. Dê preferência por visitá-lo logo no primeiro horário para fugir das multidões.

Capacidade: 50.000 pessoas

Altura máxima: 48 metros

Área: 20.000 metros quadrados

Data de inauguração: 80 d.c.

Difícil caber na foto este Coliseu

Difícil caber na foto este Coliseu

Coliseu em seu gigantismo

Coliseu em seu gigantismo

2) Arena de Pula – Croácia

Sexta maior arena romana a de Pula impressiona pelo seu perfeito estado de conservação. Existe uma calha para coletar água das chuvas. Nos tempos das batalhas de gladiadores era adicionado perfume a esta água para então ser espalhada sobre a plateia que não tinha um cheiro digamos agradável. Terminada a era dos gladiadores a arena de Pula hoje é considerada o cinema mais bonito do mundo. É aqui nos meses de julho que acontece o Festival de Cinema de Pula cujo vencedor leva para casa o Prêmio Arena de Ouro. Na data de nossa visita o Festival já tinha terminado. As encantadoras praias da Croácia também são uma ótima desculpa para conhecer a arena.

Capacidade: 23.000 pessoas

Altura máxima: 32.45 metros

Área: 11.466 metros quadrados

Data de inauguração: 68 d.c.

Uma panorâmica da Arena de Pula

Uma panorâmica da Arena de Pula

A primeira arena com a família completa

A primeira arena com a família completa

3) Arena de Arles – França

Apesar de bem pequena Arles é uma cidadezinha cheia de atrações. O famoso e polêmico Van Gogh passou uma temporada no local e foi lá que num acesso de fúria que ele cortou uma de suas orelhas. O conhecidíssimo quadro “O quarto” do holandês foi inspirado no minúsculo quarto em que ele viveu em Arles e é aberto para visitação. Mas já ia esquecendo, a Arena de Arles é belíssima e tem uma arquitetura bem diferente das outras. Na terceira semana de agosto, no verão europeu, ocorre o Festival Romano com simulações das batalhas de gladiadores na qual estivemos presentes no ano de 2008.

Capacidade: 20.000 pessoas

Altura máxima: 21 metros

Área: 14.824 metros quadrados

Data de inauguração: 90 d.c.

A diferente arquitetura da Arena de Arles

A diferente arquitetura da Arena de Arles

Preparativos para corrida de bigas romanas na arena

Preparativos para corrida de bigas romanas na arena

Encenação do Festival Romano

Encenação do Festival Romano

4) Arena de El Djem – Tunísia

Não sei o que deu na gente. Ficamos vinte dias rodando por toda Tunísia que tem a metade da área do estado de São Paulo e não conhecemos esta arena que é a terceira maior do mundo. É Patrimônio Mundial da Unesco desde 1979. Nos meses de julho abriga o Festival Internacional de Música Sinfônica de El Djem. Um dia ainda voltamos para presenciar o festival.

Capacidade: 35.000 pessoas

Altura máxima: 36 metros

Área: 18.476 metros quadrados

Data de inauguração: 299 d.c.

A terceira maior arena romana do mundo na Tunísia (foto do site http://developtravel.be/)

A terceira maior arena romana do mundo na Tunísia (Foto do site http://developtravel.be/)

5) Arena de Cápua – Itália

A segunda maior arena romana já construída fica em Cápua a poucos quilômetros de Nápoles. Seu estado de conservação não é dos melhores já que parte dela foi destruída pelos povos vândalos e depois pelos sarracenos, mas o gigantismo vale a visita.

Capacidade: 50.000 pessoas

Altura máxima: 46 metros

Área: 23.800 metros quadrados

Data de inauguração: 1 d.c. (há controvérsias)

Apesar da invasões a Arena de Cápua resiste (Foto do site en.wikipedia.org/wiki/Capua)

Apesar da invasões a Arena de Cápua resiste (Foto do site en.wikipedia.org/wiki/Capua)

6) Arena de Leptis Magna – Líbia

Apesar de atualmente não ser recomendada uma visita à Líbia é a poucos quilômetros da capital Trípoli que está esta arena única. Da arena é possível observar o profundo azul do Mar Mediterrâneo. A pedra amarelada usada na construção se confunde com a areia da praia. Vale a visita.

Capacidade: 16.000 pessoas

Área: 2.679 metros quadrados

Data de inauguração: 56 d.c.

Escavada na rocha a arena fica abaixo do nível do mar (Foto do site  http://www.asa-agency.com/)

Escavada na rocha a arena fica abaixo do nível do mar (Foto do site http://www.asa-agency.com/)

7) Arena de Éfeso – Turquia

A Arena de Éfeso incialmente era usada para concertos e shows, mas também foi palco das batalhas de gladiadores. No século IV foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída no século VIII. Faz parte do complexo da cidade de Éfeso que conta com muitas outras ruínas romanas. Perto dali também é possível visitar a Casa em que Maria mãe de Jesus se refugiou.

Capacidade: 25.000 pessoas

Altura máxima: 20 metros

Data de inauguração: 40 d.c.

Arena de Éfesos, muitos lances de escada

Arena de Éfesos, muitos lances de escada

Fabi descansando antes de chegar ao topo

Fabi descansando antes de chegar ao topo

8) Arena de Nimes – França

Por falta de sorte ainda não tínhamos conhecimento da existência da Arena de Nimes quando estivemos no sul da França e só conhecemos sua prima de Arles. Esta é a arena mais bem preservada do mundo. Suas paredes estão todas lá e hoje funciona como arena de touradas.

Capacidade: 24.000 pessoas

Altura máxima: 21 metros

Área: 13.433 metros quadrados

Data de inauguração: 70 d.c.

A mais bem conservada de todas as arenas romanas. Nem um pedacinho faltando. (Foto do site http://www.arenes-nimes.com/)

A mais bem conservada de todas as arenas romanas. Nem um pedacinho faltando. (Foto do site http://www.arenes-nimes.com/)

9) Arena de Verona – Itália

A arena de Verona é uma das mais movimentadas em termos de número de espetáculos de arte. A programação inclui de dois a três espetáculos por semana entre óperas, ballets e concertos. Além de belíssima é também uma ótima oportunidade para você conhecer a terra de Romeu e Julieta.

Capacidade: 25.000 pessoas

Altura máxima: 32 metros

Área: 15.000 metros quadrados

Data de inauguração: 30 d.c.

Arena de Verona lotada para um concerto

Arena de Verona lotada para um concerto (Foto do site http://www.italymagazine.com/)

10) Arena de Pozzuoli – Itália

Terceira maior arena existente em território italiano assim como a arena de Cápua fica bem perto de Nápoles. Seu subterrâneo é muito bem preservado incluindo as gaiolas dos animais e partes do mecanismo do elevador que levava gladiadores e feras ao nível das batalhas. Após ser coberta pelas cinzas de uma erupção a arena foi abandonada para ser redescoberta na atualidade.

Capacidade: 20.000 pessoas

Área: 17.200 metros quadrados

Data de inauguração: 79 d.c.

A terceira maior arena em território italiano (Foto do site http://www.movingitalia.it/)

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